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Política

19/02/2017 11:30

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Indicado à Funai na Capital diz que tem boa aceitação, mas toma 'chá de cadeira' do governo

Cargo na fundação está vago há três meses, após saída de coronel recusado pelos indígenas

Paulo Rios, ex-assessor do deputado Carlos Marun (PMDB/MS), aguarda uma definição sobre seu nome na Coordenadoria Regional da Funai em Campo Grande. No final de dezembro do ano passado, sua ida para a fundação era certa, inclusive com o aval de Michel Temer, mas tudo desandou e a cadeira de chefia no órgão está vaga há três meses. 

Rios justifica a demora na definição ao cargo por questões políticas e principalmente pelas últimas mudanças no Ministério da Justiça, a qual a Fundação Nacional do Índio é vinculada.  

''Quando houve indicação do meu nome em Brasília, houve problemas com os presídios, depois a morte do Teori [Zavascki, ex-ministro do STF], e agora a saída do então ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, indicado a ministro do STF. Não se sabe o que vai acontecer agora, há uma negociação política para ver quem será o novo ministro da Justiça'', explicou. 

O postulante ao cargo também destaca que na época de sua indicação, o presidente da fundação era Agostinho Neto, e hoje quem ocupa o cargo é Antônio Fernandes. Rios diz que teve a aceitação de quase toda a bancada de MS, inclusive Zeca do PT e Vander Loubet, ambos do PT. ''Tenho trânsito político aqui e em Brasília, e isso é importante'', ressaltou o indicado. 

Sobre sua aceitação na comunidade indígena, Paulo contou que foi 'excelente' e que também conversou bastante com as lideranças, mas pondera que não é unanimidade.''É claro que eles também querem indicar nomes, mas foi acordado que eles escolheriam os substitutos'', explicou. Também disse que funcionários da Funai preferem servidores de carreira no comando regional. 

Paulo Rios reconhece que não tem experiência junto às comunidades indígenas,  mas que o importante é saber administrar, algo que, segundo ele, muitos coordenadores com atuação profunda nesse segmento não souberam fazer. ''Me considero um 'camisa 10' de um time de futebol, onde não importa em que time vai atuar, basta ter talento para jogar'', explicou. 

Indicado ao cargo no final de dezembro de 2016, após a saída precoce do coronel do Exército Renato Sant'anna, recusado pelos índios, Rios conta que essa demora em ser nomeado foi positiva. ''Esse tempo ajudou a me aproximar dos índios e conhecer a política indigenista. Confesso que se tivesse assumido em dezembro estaria completamente perdido'', relatou. 

Ainda sobre a indefinição ao cargo, Paulo Rios disse que, pelo menos da parte do Governo Federal, não há nenhum outro nome sendo cogitado, e que um concorrente seu pode surgir nas aldeias indígenas no Estado. 

Tentamos contato com o Fórum de Caciques e o Conselho Terena, que indicaram os substitutos de Paulo Rios, mas não conseguimos. 

 

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