Em nota, a deputada federal Tereza Cristina (PSB) declarou que o Confinamento Santa Cristina, na Fazenda Santa Eliza, está apenas arrendado para o grupo JBS, sendo que a parlamentar não faz parte do quadro societário da empresa. Também afirmou que não recebeu doações diretas dos empresários Joesley e Wesley Batista ou foi citada no acordo de delação premiada.

“A Fazenda Santa Eliza é de propriedade da minha família desde 1932, atividade que exercemos há anos, e trata-se de espólio ainda em processo de inventário. O Grupo JBS é tão somente o arrendatário de um confinamento nesta propriedade. Trata-se de relação comercial que está devidamente regularizada e legalizada”, informou.

Com capacidade estática para 52 mil cabeças, podendo confinar até 75 mil animais por ano, a fazenda em Terenos abriga um dos sete confinamentos da JBS no Brasil. A parlamentar havia sido listada como sócia do grupo em um documento do Ministério de Agricultura sobre as propriedades autorizadas para exportar Carne Para união Europeia.

Em relação ao recebimento de R$ 103 mil, dado disponível em planilha do diretor da J&F, Ricardo Saud, sobre os repasses feitos na campanha de 2014 a políticos de todo o país, Tereza aponta que os valores chegaram à campanha dela para deputada federal de forma indireta, através de terceiros.

“A doação de origem do Grupo JBS, em 2014, não foi feita a mim. Os recursos por mim recebidos foram feitos por meio de doação da Coligação do então candidato ao Governo do Estado nas eleições do mesmo ano Nelson Trad Filho, no valor de R$ 53.000, bem como da então candidata ao Senado Simone Tebet, no valor de R$ 50.000, e estão devidamente registrados e aprovados na prestação de contas da minha candidatura no Tribunal Regional Eleitoral de MS (TRE-MS)”, justifica.

Secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo durante gestão do ex-governador André Puccinelli, por fim, Tereza ressalva que não está relacionada na delação premiada dos irmãos Batista. “Meu nome não consta em delações feitas pelos empresários que compõem o Grupo JBS e tão pouco foi citado”.