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NOTA PREMIADA
Política

'Justiça de Deus e dos homens garantiram-me o mandato', diz Enfermeira Cida

Vereadora em Campo Grande quase perdeu mandato por suposta infidelidade partidária

11 dezembro 2018 - 15h25Por Celso Bejarano Thiago de Souza

Enfermeira Cida Amaral, vereadora em Campo Grande pelo PROS, inocentada ontem, segunda-feira (10), pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral), por ter sido acusada de infidelidade partidária – eleita em 2017, ela trocou o Podemos pelo atual partido – disse que “sempre acreditou” que manteria firme o mandato por “confiar na Justiça de Deus e dos homens”.

De agora em diante, ela disse ter ficado fortalecida ainda mais como vereadora e que pretende reforçar o propósito de ser a “representante do povo” na Câmara Municipal.

Cida afirmou não guardar “rancor” de seus opositores políticos, os que tentaram tirar o seu mandato pela suposta infidelidade partidária. “Cumpro a missão pela qual me elegeram. Agradeço a Deus e agora vamos seguir em frente”, alegou a vereadora.

Em favor da sigla Podemos, que tiraria o mandato de Cida, votaram os desembargadores Sérgio Martins (relator do processo), e Cézar Luiz Miozzo. Já favorável à enfermeira, votaram Abrão Razuk, Elizatebe Anache,  Clorisvaldo Rodrigues dos Santos e Daniel Castro.

São sete os desembargadores do TRE, mas o presidente em exercício, desembargador João Maria Lós, só vota em caso de empate. Ele ocupa o lugar da desembargadora Tânia Garcia Freitas Borges, afastada do cargo por determinação judicial.

A CAUSA

O presidente do Podemos, o empresário Cláudio Sertão, alegou à justiça que a Enfermeira Cida cometeu infidelidade partidária ao migrar para o PROS, sem avisar o dirigentes do partido e continuar exercendo as atividades politico-partidárias como sendo integrante da antiga sigla, já que a janela partidária, período em que se pode mudar de legenda sem perder o mandato, não estava em vigor.

O Podemos detalha no processo que ''entre as datas de filiação ao PROS e da efetiva comunicação ao juízo eleitoral, a vereadora Maria Aparecida de Oliveira do Amaral, em atos contínuos, agiu como se permanecesse filiado ao PODEMOS, induzindo o partido aI erro. Continuou utilizando slogan e sigla do partido suas ações as suas ações públicos- como por exemplo, em postagens no Facebook”.

Cida e dirigentes do PROS sustentaram que só houve mudança de legenda pois ela sofria discriminação. Além disso, teria havido alteração no programa do partido com a mudança do nome e ela não teve abertura para participar na agremiação e ainda que a gestão do partido é temerária e fraudulenta”.

O procurador regional eleitoral em Mato Grosso do Sul, Marcos Nassar, havia se pronunciado contra Cida, afirmando que ela fez a desfiliação partidária sem janela prevista pela Justiça Eleitoral.