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Política

Kemp cobra investigação sobre lisura de concurso para professores

Deputado apontou irregularidades graves, como pessoas entrando em sala após o início da prova, além de provas e gabaritos mal elaborados

18 dezembro 2018 - 15h09Por Da redação / ALMS

O concurso promovido pelo Governo do Estado no último domingo foi tema de preocupação por parte do deputado Pedro Kemp (PT), em discurso na tribuna durante sessão desta terça-feira (18), na Assembleia Legislativa. O certame, realizado pela empresa FunRio, prevê o preenchimento de mil vagas para professor efetivo na Rede Pública Estadual de Ensino.

“Recebi inúmeras denúncias de candidatos que fizeram as provas e por isso venho à tribuna cobrar uma investigação da Secretaria Estadual de Educação e da Secretaria Estadual de Administração sobre a lisura do concurso. Também faço um apelo para que o Ministério Público Estadual [MPE-MS] abra inquérito para apurar se o que foi levantado realmente aconteceu, pois põe em cheque a veracidade do concurso e aí, se for o caso, terá que ser cancelado”, explicou o deputado.

Kemp listou dentre as reclamações recebidas: desorganização entre fiscais, celular tocando durante a prova, pessoas ainda entrando em sala após o início da prova, questão de prova com impressão ruim, questão de prova com alternativa destacada de forma a induzir a reposta, ilustração com pouca visualização e duas pessoas supostamente com gabaritos já preenchidos. “Isso é grave”, ressaltou o deputado.   

Para o parlamentar, a investigação se faz ainda mais necessária visto que muitos almejam se tornar professor efetivo. “Professor contratado não recebe em janeiro e nem no recesso de julho. O Governo economiza com isso e o professor fica sem garantias. Isso também tem que ser averiguado pelo Ministério Público Estadual, pois hoje mais de 50% dos atuantes na rede pública são contratados de forma temporária e há uma distorção a ser corrigida nessa realidade”, argumentou.

O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Rinaldo Modesto (PSDB), concordou com a preocupação de Kemp. “Você já foi Secretário de Educação e eu já fui professor contratado. Sabemos que há muito tempo a situação é essa. Aos poucos os governos vão tentando corrigir e fazer concurso. Eles licitam empresa responsável pelo certame e se algum erro ocorreu, ela terá que sanar. Vamos fazer de tudo para garantir a isonomia do concurso”, finalizou o deputado.

O concurso foi realizado para o preenchimento de vagas em diversas áreas, com carga horária de 20h semanais e remuneração de R$ 2.878,63 a R$ 3.166,49, a depender da formação. Leia o edital completo clicando aqui.