A+ A-

quinta, 25 de abril de 2024

Busca

quinta, 25 de abril de 2024

Link WhatsApp

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp Top Mídia News
Política

24/05/2017 07:00

A+ A-

Notas fiscais listadas pela JBS foram encontradas durante operação Lama Asfáltica

Investigação apura pagamento de propina da JBS ao Governo do Estado

A Polícia Federal, durante a Operação Lama Asfáltica, identificou alguma das notas fiscais relacionadas pelo sócio da JBS, Wesley Batista, durante delação premiada a Procuradoria-Geral da República. O processo de Wesley consta na Operação Lava Jato Nota.

No inquérito da delação premiada, Wesley Batista informou que repassava propina no valor de 20% dos incentivos fiscais recebidos do governo do Estado. André Luiz Cance era um dos interlocutores de André Puccinelli para o repasse da propina. Foi fornecido a PGR uma relação constando o número e data das notas fiscais.

Durante as investigações da Operação lama Asfáltica, a Controladoria-Geral da União e Polícia Federal no inquérito identificaram as mesmas notas fiscais apresentadas pelo sócio da JBS, sobre transações das empresas Proteco e Gráfica Alvorada com o grupo JBS. A PF identificou que as notas são referentes a serviços fantasmas ou superfaturados com o objetivo de repasse de propina no valor de 20% dos incentivos concedidos pelo governo.

Entre as notas apresentadas por Batista, está a nota fiscal nº 806 emitida pela Gráfica Alvorada no valor de R$ 2,1 milhão. A mesma nota fiscal Nº 806 aparece em planilha apreendida na residência de André Luiz Cance durante a Operação lama Asfáltica. A CGU obteve copiada tal nota fiscal  junto a prefeitura de Campo Grande. Tal nota fiscal nº 806 foi emitida pela Gráfica Alvorada para a empresa JBS, referente a produção de catálogos no valor de R$ 2,1 milhões.

“Assim, observasse o débito no valor de 2,1 milhões na planilha de controle de posse de André Cance corresponde ao pagamento pelo JBS da nota fiscal nº 806 e gráfica alvorada. Ressalta-se que a gráfica alvorada é a mesma empresa ilegalmente beneficiada com contratações milionárias com o Estado de MS no ultimo ano de gestão de André Puccinelli. Assim ao nosso ver fica demonstrado que o referido incentivo fiscal concedido pela JBS gerou para a empresa o pagamento de 20% pela JBS como contraprestação por tal beneficio fiscal sendo tais pagamentos eram controlados por André Cance”, consta no inquérito da Operação Máquinas de Lama.



No acordo de delação aparece a relação de R$ 9,6 milhões em notas falsas de nº 1000, 1001, 1002 e 1003 emitidas em setembro de 2014 pela Proteco Construções a JBS. Wesley Batista afirmou que essas notas são referentes ao pagamento de propina a ao Governo de André Puccinelli.

Na planilha apreendido na casa de Cance, durante a Lama Asfáltica, a CGU também encontrou as notas de nº 1000, 1001, 1002 e 1003. “Os próximos registros de débito referente a NF-1000 no valor de R$2,3 milhões, NF1001 no valor de R$ 2,3 milhões, NF 1002 no valor de R$ 2,3 milhões e NF 1003 no valor de R$ 2,3 milhões de Proteco Construções”, relacionou a CGU.

Durante a analise do material apreendido no escritório Sampaio e Correa Contabilidade localizou documentos citados na planilha exceto em relação a NF 1003. Porem localizou-se a NF 1004 que possui o mesmo valor da NF 1003. A investigação constatou que se refere a faturas de serviços de locação de maquinas da empresa Protecos construções a empresa JBS.

“Importante destacar que quando a realização de interceptações telefônicas foram descritos telefonemas entre Cance e possível diretor do grupo JBS. Cance organiza um encontro em sua própria casa entre o tal possível diretor da JBS e o “chefe” de Cance”, consta no inquérito.  

Loading

Carregando Comentários...

Veja também

Ver Mais notícias
GOVERNO MS DENGUE ABRIL 2024