Ação movida pela 26ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente quer que a justiça mande a prefeitura de Campo Grande a realizar "obras imprescindíveis à conservação do complexo ferroviário" porque durante a instrução de inquérito civil, ficou constatado "ocorrência de omissão do município na conservação deste importante bem tombado".
A informação é da assessoria de imprensa do Ministério Público de Mato Grosso do Sul.
Ainda de acordo com a assessoria, o inquérito civil que instruiu a ação civil pública foi instaurado depois de constatado o estado de precariedade em que o complexo da estação se encontrava, agravado, principalmente, depois que um vendaval, ocorrido em novembro de 2015, provocou sérios danos à Estação Ferroviária de Campo Grande, com destelhamento e infiltrações.
Parte do complexo foi interditado pelos bombeiros. (Foto: Wesley Ortiz)
A falta de manutenção no local é tão patente que o Armazém Cultural se encontra interditado pelo Corpo de Bombeiros.
Embora todo o complexo tombado mereça atenção, segue a assessoria, haja vista pertencer a uma classe de bens especialmente protegidos, a rotunda, edifício construído na forma circular, servido por um girador, é a estrutura que mais enseja preocupação, devido ao grave estado de abandono.
A rotunda, diz a assessoria, que faz parte do Complexo Ferroviário, encontra-se "em lamentável e precário estado de conservação, necessitando urgentemente de, no mínimo, obras paliativas para evitar sua ruína".
"Considerando a importância e o estado de conservação da estação, foram requeridas a concessão de várias medidas emergências, entre elas: retelhamento, pintura e correção das infiltrações verificadas na Estação Ferroviária; obras consistentes no cercamento, reparação dos telhados e de parte da estrutura da rotunda que cedeu, entre outras", conclui o comunicado do MPE.