TJMS MARÇO 2024
Menu
terça, 19 de março de 2024 Campo Grande/MS
CAMARA MUNICIPAL MARÇO 2024
Política

Prefeitura de Campo Grande abre licitação para concluir Porto Seco

Obra começou em 2007, foi embargada e até hoje sofre investigações acerca de irregularidades

21 maio 2018 - 14h49

Parado há uma década, o projeto que prevê a criação do terminal intermodal de cargas de Campo Grande, o batizado Porto Seco, parece querer sair do papel, embora ainda uma série de embaraços ameace o plano. 

Nesta segunda-feira, 21, a prefeitura publicou no Diário Oficial do município aviso de licitação que convoca empresas interessadas a entregarem suas propostas até dia 21 de junho.

Objeto da concorrência é a “contratação de empresa especializada para a conclusão da implantação, implementação e reconstrução das obras de infraestrutura do terminal intermodal de cargas”.

Porto Seco em Campo Grande já é falado desde de 2007, período que a cidade era administrada pelo então prefeito Nelsinho Trad, do PTB. De lá para a cá a cidade já teve como prefeito Alcides Bernal, do PP, Gilmar Olarte e Marquinhos Trad, do PSD, irmão de Nelsinho.

A ideia do Porto, situado numa área entre as BRs 060 e 163, saídas para São Paulo e Sidrolândia, é a de facilitar o escoamento de produtos para os mercados de outros países, como Paraguai, Chile, Venezuela, Bolívia e Argentina. Propósito principal do programa é transformar a cidade num entreposto.

Um ano depois de anunciado, em 2008, o TCU (Tribunal de Contas da União) enxergou irregularidade na execução do projeto e mandou interrompê-lo. Ano seguinte, a obra, orçada inicialmente em R$ 26 milhões, foi retomada. Já perto da conclusão da obra, em 2012, a empreiteira responsável pela construção quebrou indo à recuperação judicial. 

Sucessivas paralisações da obra tinham como justificativa a necessidade de aprovação da reprogramação do cronograma de construção que a prefeitura tinha de apresentar ao Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte). Outra motivo seria a falta de recurso vindo da União.

Troca de técnicos responsáveis pela obra é apontado ainda como razão do atraso na construção do Porto. A última investida contra supostas falhas no projeto é do MPE (Ministério Público Estadual), que instaurou inquérito por descobrir que a obra causou erosão no local da obra e dano a um córrego próximo.