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Política

Quem vai sair fora? Chapão pode deixar favoritos a ver navios

Com time muito grande, tucanos podem deixar favoritos sem cargo em 2019

21 julho 2018 - 18h10Por Vinícius Squinelo

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) está encontrando dificuldade para conquistar apoio para a reeleição ao Governo do Estado. Mesmo com a máquina nas mãos, o governador ainda não conseguiu oficializar muitos apoios e um dos motivos é a pesada chapa rumo à Câmara Federal.

O cargo de deputado federal é o mais importante porque determina o tempo de televisão de cada partido e o quanto de dinheiro ele receberá do fundo partidário. Daí, a importância de se formar uma coligação boa de voto, mas que ao mesmo tempo garanta a eleição.

O agora deputado Fábio Trad (PSD), então PMDB, sentiu na pele esta frustração na eleição passada. Com 67.508 votos, ele não conseguiu ser eleito e viu gente com menos votos embarcar para Brasília: Luiz Henrique Mandetta (57.374 votos), Márcio Monteiro (56.441) e Dagoberto Nogueira (54.813).

A pesada coligação do PMDB garantiu 494.349 votos (38,71%), suficiente para eleger três deputados federais (Carlos Marun, Tereza Cristina e Geraldo Resende), deixando Fábio de fora. É justamente esta conta, que leva em consideração a soma total de votos e não apenas o voto individual, que tem feito os pretendentes ao cargo de deputado federal quebrarem a cabeça antes de decidirem para onde ir.

Azambuja planeja aliança com DEM, PP, PSD e PSB, o que deve fazer com que boa parte de uma turma considerada de peso acabe sobrando na hora da contagem de votos.

Juntos, estes partidos têm como principais apostas: Rose Modesto, Beto Pereira e Geraldo Resende, pelo PSDB, Tereza Cristina e Luiz Henrique Mandetta, no DEM, Fábio Trad (PSD), Alcides Bernal (PP) e Elizeu Dionízio (PSB). Eles até podem conseguir as oito vagas para deputado disponíveis para Mato Grosso do Sul, mas para isso, teriam que conquistar, no mínimo, 90% dos votos, o que é quase impossível. Assim, alguém vai ter que abandonar o sonho de ir para Brasília.

Zeca, Vander e Dagoberto - Foto: Arquivo/TopMídiaNews - Edição: Wesley Ortiz

Na eleição passada, votos válidos para governador totalizaram 1,276 milhão, o que gerou a necessidade de 159.612 para eleger um deputado.  Com 454.514 (35,60%) votos, a chapa do PT, PDT e PR também elegeu três deputados: Zeca do PT, Vander Loubet (PT) e Dagoberto Nogueira (PDT).

Somados os votos, as chapas do PT e PMDB tiveram 74,31% do eleitorado e garantiram seis, das oito vagas. Desta forma, não é difícil chegar a conclusão de que nesta possível aliança, pra ser muito otimista, pelo menos dois ficariam chupando dedos.

Diante deste nebuloso cenário, a aliança com o PMDB de André Puccinelli e PDT do Juiz Odilon podem ser a saída para uma eleição mais tranquila e sem riscos. Sem grandes nomes anunciados até o momento e com um partido grande, o PMDB se torna uma opção atraente para os pré-candidatos a deputado federal.