Após duas horas de reunião, na tarde desta segunda-feira (3), o governo do Estado ofereceu 2,94% de reajuste aos servidores estaduais. A proposta irritou funcionários públicos, que chamaram o secretário de Fazenda, Márcio Monteiro, de 'ladrão'.
Reinaldo Azambuja (PSDB) evitou a imprensa e somente o secretário de Gestão Estratégica, Eduardo Riedel falou com os jornalistas. Ele prometeu que, mesmo se servidores entrarem em greve, o índice oferecido não muda pois o país passa por dificuldades.
''O governador pediu responsabilidade aos servidores, pois o Brasil vive crise história. Mato Grosso do Sul ainda está bem, isso porque o Mato Grosso vai dar reajuste só em 2019'', explicou Riedel. O secretário foi taxativo ao ser questionado se o valor oferecido poderia aumentar. ''Não muda e não dá para melhorar'', resumiu.
O presidente da Fetems, Roberto Botareli, considerou a proposta 'ridícula' e disse que vai levar o assunto para ser debatido em assembleia da categoria. O dirigente garante que ninguém vai aceitar isso e já prevê um indicativo de greve para o segundo semestre.
Outros dirigentes de sindicatos, como o dos agentes penitenciários e trabalhadores em previdência de MS, também reclamaram da proposta em suas falas no carro de som em frente a Governadoria e prometeram, assim como a Fetems, fazer assembleias para debater o assunto.
Os sindicalistas reclamaram que o aumento vale só para outubro e que vai depender dos servidores economizarem em água, energia e equipamentos para conquistar o reajuste. Eles questionam o fato do governo dizer que está em crise para dar aumento.
''Por que o governador não admite que o estado está quebrado? Na propaganda ele diz que está tudo bem'', questionou um manifestante.
Uma técnica de laboratório lamentou a proposta e disse que seu salário é de R$ 1.303. Com o reajuste proposto, ela diz que vai ter ganho de R$ 38. "Como é que eu vou fazer, não da pra levar nem meus filhos para passear, não dá diferença nehuma no salário", desabafou a servidora que pediu para não ser identificada.
