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Política

Reinaldo diz que empresários são picaretas e emitiram mais de R$ 200 milhões em notas frias

Segundo ele, governo move ação com mais de mil páginas contra denunciantes

29 maio 2017 - 11h31Por Diana Christie

Citado em suposto esquema de pagamento de propinas em troca de incentivos fiscais, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) rebateu acusações de empresários e informou que os denunciantes estão sendo processados por emitir mais de R$ 200 milhões em notas frias de empresas fantasmas. “Aqueles não são empresários, mas um bando de picaretas fraudadores do fisco”, disparou.

João Alberto Dias, presidente da Assocarnes/MS (Associação de Matadouros, Frigoríficos e Distribuidores), José Alberto Berguer e Benilson Tangerino acusam o ex-chefe da Casa Civil, Sérgio de Paula, de cobrar propina para garantir o funcionamento das empresas. Em reportagem exibida neste domingo (29) pelo Fantástico, Burger garante que pagou R$ 500 mil a José Ricardo Guitti, o Polaco, apontado como suposto intermediário de Sérgio de Paula.

“Nós temos uma ação contra eles movida pela Procuradoria-Geral do Estado e na Secretaria de Fazenda, e que já foi encaminhada ao Tribunal de Justiça de MS mostrando que eles são fraudadores do fisco. Ocorre que muitas vezes é colocada uma versão só, mas isso vai mudar, porque nosso Secretário de Governo enviou hoje uma cópia do processo que tem mais de mil páginas aos Ministérios Públicos Estadual e Federal. Eles foram autuados no dia 4 de novembro de 2016, após dados da inteligência fiscal mostrarem movimentação financeira muito atípica desses empresários”, declarou Reinaldo.

Berguer alega que fez o pagamento de propina após ser pressionado, com direito a não poder mais comercializar seus produtos. No entanto, conforme o governador, ele e os demais denunciantes fraudavam a contabilidade das empresas e emitiam inúmeras notas frias com o objetivo de fabricar créditos de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e sonegar impostos. A fraude teria sido flagrada pelo Governo, após movimentar mais de R$ 200 milhões em notas frias do couro.

“Isso está identificado e documentado. É um processo judicial. Já temos dados das Secretarias do Governo do Estado de São Paulo, Rio Grande do Norte e Mato Grosso que mostram que os endereços das empresas são na verdade terrenos baldios, ou seja, empresas fantasmas que nunca existiram. Por isso estão tentando usar artifícios, usando uma pessoa que não tem nada a ver com o governo e muito menos com o governador. Não dei procuração para ninguém falar em meu nome. Quem fala por mim sou eu. Esses homens são fraudadores do fisco e não vamos aceitar coisa errada aqui no Mato Grosso do Sul”, enfatizou Reinaldo.