A proposta ofertada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), com 2,94% de reajuste aos servidores estaduais será discutida na manhã desta terça-feira (4), na Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul).
De acordo com Jaime Teixeira, que toma posse como presidente da federação também nesta manhã, a categoria deve discutir o assunto em assembleia, mas o novo presidente já adianta que o reajuste oferecido pelo tucano deve ser rejeitado.
“Vamos ter uma reunião agora às 10 horas na federação, mas o valor é muito abaixo do que foi definido em janeiro desse ano. O valor oferecido vai contra a lei que foi aprovada no próprio governo do Azambuja. O valor do reajuste de janeiro seria de 7,64% e o que foi oferecido é muito inferior, acredito que a categoria vai rejeitar”, diz Jaime.
Reinaldo encaminhou a proposta salarial ontem (3), que deve ser aplicada apenas a partir do mês de outubro, de forma linear para todos os servidores, sem pagamento retroativo. A decisão foi tomada durante uma reunião entre o governador e 47 representantes sindicais da categoria, que já teriam demonstrado total insatisfação.
Existe ainda a possibilidade de os servidores deliberarem por greve geral, mesmo que Azambuja continue alegando dificuldades financeiras na administração. A proposta irritou funcionários públicos, que chamaram o secretário de Fazenda, Márcio Monteiro, de 'ladrão'.
Policiais civis
O presidente do Sinpol, Giancarlo Miranda afirmou que o percentual não agradou, pois não compensa nem a perda inflacionária dos últimos doze meses. “Esse índice irrisório é abaixo da inflação registrada de maio de 2016 a maio de 2017, que é de3,59% segundo o IPCA. Não vamos pagar pela má gestão e pela ‘crise’ que não permite a valorização do servidor, mas que incentiva a isenção do ICMS. Essa gestão é muito contraditória”.
Após a reunião, o governador evitou a imprensa e somente o secretário de Gestão Estratégica, Eduardo Riedel falou com os jornalistas. Ele prometeu que, mesmo se servidores entrarem em greve, o índice oferecido não muda, pois o país passa por dificuldades.
''O governador pediu responsabilidade aos servidores, pois o Brasil vive crise história. Mato Grosso do Sul ainda está bem, isso porque o Mato Grosso vai dar reajuste só em 2019. A proposta não muda e não dá para melhorar'', disse o secretário.