A deputada federal Tereza Cristina (PSB) escreveu uma nota, nesta quinta-feira (3), justificando o voto pelo arquivamento da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB). Segundo ela, o voto não significa que ela é contra a investigação, pois se houverem provas contra o presidente, ele será julgado quando terminar o mandato.

“A decisão da Câmara dos Deputados de não autorizar, neste momento, a instauração de processo contra o presidente da República, não significa o arquivamento ou encerramento do mesmo, mas apenas a sua suspensão temporária. Quaisquer irregularidades, se confirmadas, serão julgadas e respondidas perante a Justiça, ao final do seu mandato, em 01 de janeiro de 2019”, alegou.

Além disso, a parlamentar justifica que “é momento de pensar no Brasil”. “Começamos a ver, nos últimos meses, os primeiros sinais de retração na crise econômica que assola o País desde 2014, revertendo um quadro crítico de desemprego e queda na renda do nosso povo. O afastamento do presidente da República poderia gerar nova instabilidade e agravar este cenário tão severo para todos”.

Além de Tereza, votaram a favor do relatório da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que considerou não haver provas que justifiquem processo contra o presidente, os deputados Geraldo Resende e Eliseu Dionízio, ambos do PSDB, e o fiel defensor do Governo Federal, Carlos Marun (PMDB).

Pela bancada de Mato Grosso do Sul, votaram contra o relatório e pela instauração de um processo contra Temer os deputados Vander Loubet (PT), Zeca do PT, Dagoberto Nogueira (PDT) e Luiz Henrique Mandetta (DEM).