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Política

Transações bancárias suspeitas levaram Gaeco até sócios de empresa pivô da Operação Antivírus

Um dos sócios da DIGITHOBRASIL movimentou valores 30 vezes maior que sua renda

30 agosto 2017 - 19h37Por Thiago de Souza

Alertado pelo Banco Central do Brasil sobre operações bancárias 'atípicas', o Gaeco chegou até os sócios da então DIGITHOBRASIL, hoje Digix, empresa pivô da Operação Antivírus. Em uma das transações, o sócio Jonas Schimidt das Neves, que ganhava R$ 20 mil, movimentou 30 vezes mais que o valor da sua renda, o que somou R$ 612 mil.

Embasadas nessas movimentações, todas registradas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), foi que o Gaeco pediu à Justiça interceptações telefônicas de todos os sócios da DIGITHOBRASIL.

Jonas chegou a dizer que foi por orientação de seu contador, que ele fazia saques e outras operações financeiras sempre em valor abaixo de R$ 10 mil, para não chamar a atenção dos órgãos de controle.  

A empresa, conforme a investigação, tinha capital social de apenas dois mil reais quando começou, em 2001. No entanto, após fartos contratos, a empresa recebeu um banho de dinheiro público, que, somente entre 2013 e 2015, somou R$ 128 milhões.

O grupo especial do Ministério Público apontou que, entre março e junto de 2013, a empresa movimentou R$ 10.661.662, sendo seis milhões oriundos de transferências da Agehab (Agência Estadual de Habitação) e da Semed (Secretaria Municipal de Educação). As movimentações financeiras executadas pelo grupo foram percebidas também durante as doações para campanhas eleitorais, principalmente para o PSDB e PMDB, que foram consideradas 'generosas' pelos investigadores.

Outro destaque da investigação, foi um contrato firmado junto a Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda), no valor de R$ 48 milhões, para apenas 12 meses de serviço.