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Política

17/10/2017 16:30

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Tribunal de Contas investiga publicidade dos outros, mas 'torra' R$ 1 milhão com agência

Contrato tem 6º aditivo e última licitação foi apenas em 2012

Responsável por investigar e até mesmo "condenar" os gastos com progagandas de prefeituras e também do Governo do Estado,  o Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul gasta valor quase  milionário com publicidade institucional. E mais: não realiza  licitação para contratar uma  nova empresa há praticamente cinco anos.

Apesar dos anúncios de economia e de fiscalização devido à “crise” econômica, o Tribunal de Contas do Estado concedeu reajuste quase R$ 1 milhão para 'torrar' em marketing e propaganda. O valor foi liberado em aditivo com a agência Agilitá Propaganda e Marketing e assinado pelo presidente da corte de contas, conselheiro Waldir Neves, e pelo dono da empresa, Ariosto Barbieri.

Segundo consta no Diário Oficial do TCE-MS, publicado desta terça-feira (17), este é o valor para apenas seis meses. São R$ 156 mil mensais somente para o gastos com propagandas. Este é o sexto aditivo que é realizado com a empresa Agilità.

O contrato foi celebrado em 2012 e no ano passado o aditivo foi assinado, porém sem a divulgação de valor, conforme preconiza a lei da transparência.

A empresa Agilitá Propaganda e Marketing foi contratada por meio de licitação com prazo de um ano, ainda na gestão do ex-conselheiro Cícero de Souza e, desde então, foram feitos apenas aditivos, não sendo realizada nova licitação para contratação de agência.

Dois pesos, duas medidas

O órgão é responsável pela análise e julgamento das contas do Estado de Mato Grosso do Sul e também pelas contas dos municípios, inclusive aplicando multas e sanções contra municípios, que na análise dos conselheiros “gastam muito” com propaganda. Exemplo ocorreu em 2015, quando o TCE deu uma 'dura' na Prefeitura de Campo Grande, justamente questionando os gastos com publicidade (leia mais aqui).

A reportagem entrou em contato com a assessoria do Tribunal de Contas via e-mail, porém até o fechamento desta reportagem não havia sido enviada resposta. 

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