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Política

21/11/2017 16:55

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Vereador assume fraude em ponto de funcionária que viajou durante expediente e paga multa

Valdir Gomes se diz ‘arrependido em ajudar colega’ e firma acordo com MPE após confessar irregularidade

Denunciado por improbidade administrativa e falsidade ideológica, o vereador Valdir Gomes (PP) admitiu o erro ao Ministério Público Estadual (MPE-MS) e vai pagar multa civil de quase R$ 5 mil. Em 2015, o então coordenador do Centro de Múltiplas Referências e Convivência do Idoso (CCI) Vovó Ziza fraudou ponto da funcionária Maria Eufrásia Siqueira que, durante expediente, viajou ao Rio de Janeiro.

Arrependido, ele alega que o ato foi um erro e diz ter ‘aprendido uma lição’. Ao promotor de Justiça Marcos Alex Vera, Gomes tentou justificar a permissão para a viagem, que foi feita em dois dias de trabalho normal. A denúncia foi feita após Maria, que é funcionária antiga do CCI, publicar uma foto da viagem em uma rede social.

Segundo ele, a funcionária teria usufruído do banco de horas trabalhadas, mas não conseguiu comprovar a legalidade dos documentos apresentados. Isso porque as folhas de presença dos dias viajados, 19 e 20 de junho de 2015, foram assinadas e atestadas por Gomes.

“Realmente, na época, deveria ter feito diferente. Ela tinha direito de pegar esses dias de folga e foi visitar a filha doente, mas nada foi registrado certo, tentei mostrar isso, mas o Judiciário não entendeu assim. Ela tinha que assinar os papeis certinho, realmente entendi que ela não poderia ter viajado dessa forma e me arrependo”, assume.

Ambos concordaram em pagar multa através de acordo extrajudicial. O vereador deve pagar R$ 4.309,86 e Maria Eufrásia R$ 1,5 mil para a entidade beneficente Cotolengo Sul-mato-grossense (Orionópolis), que atua em Campo Grande e atende crianças com paralisia cerebral grave, vindas de famílias carentes.

“Hoje não faria isso de novo, tinha que ter computado a hora ‘em haver’. Quis ajudar uma funcionária antiga, idosa, e fui multado por falta de atenção. Em 48 anos trabalho, nunca passei por isso, esse foi meu primeiro e último alerta”, finaliza. 

Conforme Gomes, como os dois aceitaram o acordo, não devem ter seus nomes inscritos no Cadastro Nacional de Condenados por Improbidade Administrativa. 

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