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Política

22/05/2017 09:45

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Vereador protocola pedido de impeachment de Reinaldo na Assembleia Legislativa

Siqueira tem como base delação premiada do empresário do grupo J&F, Wesley Mendonça

O vereador de Campo Grande, Vinícius Siqueira (DEM), está na Assembleia Legislativa, na manhã desta segunda-feira (22), para protocolar o pedido de impeachment do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Ele tem como base delação premiada do empresário do grupo J&F, Wesley Mendonça Batista, divulgada na última sexta-feira (19).

Em depoimento para a PGR (Procuradoria-Geral da República), o empresário acusou Reinaldo de participar de esquema de pagamento de propinas em troca de incentivos fiscais para o frigorífico JBS. Segundo a confissão, realizada em 4 de maio, o conluio começou com Zeca do PT, passando por André Puccinelli (PMDB) até chegar ao atual governador.

Conforme Wesley, Azambuja recebeu propina de R$ 10 milhões em espécie, sem intermediários. Também cita uma nota de R$ 12,9 milhões em nome do Buriti Comércio, que teria sido emitida em 2015. “O próprio governador tratava comigo. O [[Valdir Aparecido] Boni ia lá no palácio do governo em Campo Grande. Essas notas, o Boni pegou em mãos com o governador e processou o pagamento”, acusa.

O sócio da JBS destaca que a maioria dos incentivos era ‘legítima’, com exceção de um que o acordo teria sido descumprido. Também diz que o irmão, Joesley Batista, autorizou um ‘adiantamento’ de propina no valor de R$ 12 milhões para o ex-senador Delcídio do Amaral durante a campanha eleitoral de 2014, que seria descontado se ele fosse eleito governador.

Apesar da derrota para os tucanos, a JBS não ficou no prejuízo. Segundo o depoente, Joesley “negociou com o Reinaldo e o Delcidio que se um ganhasse pagava a conta do outro”. Por fim, Wesley destaca que a corrupção no Estado seria endêmica. “Não era só nós que tínhamos. De frigorificozinho pequeno aos grandes, temos a informação de que a pratica é recorrente”.

Outro lado

Em nota intitulada ''Compromisso com a verdade'', o governador Reinaldo Azambuja negou as acusações e afirmou que, dos cinco termos de acordo de incentivos fiscais celebrados entre o estado de Mato Grosso do Sul com a JBS, apenas um foi assinado na gestão dele. 

''Esclareço que referido termo assinado em minha gestão teve como objeto investimentos para ampliação e geração de novos empregos em diversas unidades frigoríficas em Mato Grosso do Sul, conforme legalmente estabelecido pela política de incentivos estadual'', declara o governador de MS.

O chefe do Executivo disse ainda que o valor exato recebido dos executivos foi R$ 10,5 milhões, e não R$ 10 milhões, conforme disse Wesley Batista na delação premiada, repassado através do PSDB nacional. Ainda segundo o tucano, o dinheiro está regularmente declarado na prestação de contas eleitorais da candidatura dele.

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