A primeira reunião da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apura irregularidades no Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande, entre 2012 e 2017, serviu para definir estratégias de investigação, que foi dividida em quatro etapas. Conforme investigado em comissão prévia, já há a certeza de crimes contra as finanças do instituto.

Segundo o presidente da CPI, vereador Hederson Fritz (PSD), a primeira das quatro etapas vai fazer um estudo de documentação, com apoio de assessoria jurídica. Na sequência, estão programadas diligências na sede do instituto.

Já na Câmara Municipal, serão realizadas as oitivas de convocados pela comissão e por fim,  a apresentação do relatório sugerindo ou não, o indiciamento de envolvidos.

Haverá ainda a confecção de requerimentos para obter nova documentação. Essa etapa pode demorar de 15 a 30 dias, segundo o presidente da CPI, pois depende de resposta do Impcg. ''Não podemos dar tiros no escuro, precisamos de embasamento técnico'', complementa Fritz.

Conforme Fritz, a comissão parlamentar elaborou relatório e apontou para cometimento de diversos crimes, como falsificação de documentos, investimento de dinheiro sem avaliação de risco e documentos que não foram assinados pelos presidentes. Na lista de irregularidades há também comprovação de repasses que não foram feitos e declarações realizadas sem base contábil.

No entanto, diz o vereador, as acusações não podem ser formalizadas, pois é preciso dar aos suspeitos o amplo direito de defesa. ''Tínhamos certeza de irregularidades, mas faltava embasamento legal, que só a CPI pode nos dar'', comentou o parlamentar.

(Parte da comissão que vai apurar irregularidades no Impcg - Foto: Câmara)

As reuniões de trabalho da comissão foi agendado para as quartas-feiras, às 14 horas, na Câmara Municipal. Além de Fritz, a comissão é composta por Enfermeira Cida Amaral (relatora - PODEMOS); Pastor Jeremias Flores (AVANTE), Veterinário Francisco (PSB) e André Salineiro (PSDB); Papy (SD) e Valdir Gomes (PP).