A+ A-

quinta, 18 de abril de 2024

quinta, 18 de abril de 2024

Entre em nosso grupo

2

Política

10/10/2016 07:00

A+ A-

Vereadores derrotados nas urnas perderam mais de 33 mil votos entre eleições

Em comum, a maioria dos parlamentares que perdeu eleitores foi citada em investigações

Entre os vereadores que não conseguiram reconquistar uma vaga na Câmara Municipal, a redução da credibilidade entre o eleitorado foi impactante, com perda de pouco mais de 33 mil votos entre uma eleição e outra. Entre os fatores que podem ter impactado no resultado, estão as mudanças nas regras eleitorais, que estabeleceram uma campanha mais curta e mais barata, e os escândalos envolvendo o Poder Legislativo.

Para o ex-líder de governo do ex-prefeito Gilmar Olarte, vereador Edil Albuquerque (PTB), a diferença de votos entre as eleições de 2012 e 2016 foi de 6.449 eleitores que deixaram de apoiá-lo. Para ele que foi secretário de desenvolvimento, vice-prefeito de Nelsinho Trad (PTB) e até suplente de senador, o resultado foi inesperável, sendo a primeira derrota em anos de vida política.

Na lista de denunciados pela Operação Coffee Break, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), Flávio Cézar (PSDB) perdeu 4.077 votos entre uma eleição e outra. Prefeito por algumas horas durante a troca de gestores na Capital, o tucano se destacou ao elaborar o relatório da CPI do Calote, que levou à cassação de Alcides Bernal (PP).

A terceira maior queda de popularidade foi do vereador Vanderlei Cabeludo (PMDB), que perdeu 3.860 votos. Famoso por apresentar um programa musical na televisão, o candidato à reeleição sofreu com a perda de estrutura de seu partido, que não lançou nenhum nome pela prefeitura de Campo Grande. Junto ao desgaste natural da legenda, o parlamentar lamentou também a redução da estrutura da chapa minoritária.

Na sequência, a vereadora Carla Stephanini (PMDB) perdeu a confiança de 3.681 eleitores, passando de 5.938 votos em 2012 para 2.257 na última eleição. Esperando conquistar cerca de 5 mil votos, o ex-secretário de saúde Jamal Salem também teve redução considerável de apoio, com a perda de 3.548 votos. Nesta cifra, a esposa do deputado Maurício Picarelli, a vereadora Magali, perdeu 3.144 eleitores.

Menos votado

Apesar de ter cumprido um mandato inteiro, o vereador Chocolate (PTB) teve a votação menos expressivas entre os candidatos à reeleição, com resultados comparáveis a ‘marinheiros de primeira viagem’. Parlamentar com 2.508 votos em 2012, Chocolate faturou 298 votos neste ano, o que representa uma redução de 2.210 eleitores. Na lista da Coffee Break, ele teve dificuldades em explicar a evolução patrimonial durante a legislatura.

O péssimo desempenho nas urnas também acompanhou Francisco Saci (PTB), que teve 533 votos, o equivalente a uma redução de 2.225 pontos na confiança do eleitor. Suplente da coligação, o parlamentar assumiu uma vaga de titular em fevereiro de 2015, quando Elizeu Dionízio (PSDB) renunciou ao cargo para atuar como deputado federal no lugar de Márcio Monteiro (PSDB), que foi nomeado secretário de Fazenda.

Representante da comunidade japonesa, Edson Shimabukuro perdeu 1.868 votos, passando de 2.898 para 1.030 em 2016, e Roberto Durães (PSC) teve 829 votos a menos. Conhecido por dizer que conhece a mãe de Bernal ‘no silêncio dos edredons’, o último foi um dos vereadores mais exaltados com a derrota e acusou colegas de comprar votos e tramarem contra sua candidatura. Suplente nesta gestão, ele obteve 1.890 votos na eleição passada e 1.061 agora.

Com queda de popularidade menor, mas determinante para a derrota, Coringa (PSD) perdeu 606 votos, Eduardo Cury (PTdoB) 279 votos e Luiza Ribeiro (PPS), 157. Ex-secretário de educação na administração pepistas, José Chadid (PSDB) foi o que menos perdeu eleitores, apenas 95. Confira os resultados das duas eleições na tabela a seguir:

Airton Saraiva (DEM), Herculano Borges (SD) e Mario Cesar (PMDB) não concorreram à reeleição. Já Marcos Alex (PT) disputou o pleito para prefeito de Campo Grande, como menos concorrentes e tentando um cargo diferente, a comparação fica prejudicada. A título de curiosidade, o parlamentar recebeu 3 mil votos em 2012, ficando no posto de suplente, e 8.482 votos nesta eleição.

Carregando Comentários...

Veja também

Ver Mais notícias