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Repórter Top

11/02/2017 13:30

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MS-040: motorista quer processar governo por rodovia superfaturada e cheia de 'crateras'

Prejuízo em acidente sofrido poder chegar a R$ 7 mil, diz leitor

O condutor Pedro Henrique Caetano Rodrigues denuncia as más condições situação da rodovia MS-040, local onde ele bateu um HB-20 em um buraco e foi jogado para fora da pista. Revoltado com o prejuízo estimado em R$ 7 mil, Rodrigues diz que não há condições de trafegar no trecho e quer ressarcimento do prejuízo. 

Pedro relata que saiu de Campo Grande com mais cinco passageiros em direção a Presidente Prudente (SP), onde iriam prestar concurso. Quando estava na região de Santa Rita do Pardo, ele se deparou com uma série de buracos, colidiu o veículo contra um deles e saiu da via. ''Andei pelo barranco, quase capotei o carro até ele parar'', contou. 

O contador diz ter sofrido escoriações leves, já que com o impacto bateu a cabeça no teto e ralou os joelhos, mas ninguém precisou de auxílio médico. Com o impacto, a barra de direção estourou, segundo o denunciante, o motor se deslocou, a parte da frente ficou bastante danificada, sem contar dois pneus que estouraram.  

O condutor conta que durante as cinco horas que ficou no local, percebeu diversas situações de perigo, como freadas bruscas e outros veículos danificados por conta dos buracos. ''Você não vê os buracos. Se desviar de um cai em outro maior. Se sair da pista você capota no barranco'', desabafou Pedro. 

(Prejuízo com guincho e oficina deve chegar a R$ 7 mil - Foto: Repórter Top)

MS 040

esde que foi inaugurada, em 2014, a rodovia, cujo trecho citado na matéria é de responsabilidade da CGR Engenharia, coleciona reclamações de problemas como fissuras e buracos. Ao todo, a rodovia custou R$ 275 milhões para um trecho de 210 quilômetros e foi inaugurada na gestão do governador André Puccinelli (PMDB).
 
Em 2015, auditoria da CGU (Controladoria Geral da União) constatou que a Proteco, responsável pela obra na MS-040  e também da MS-430, que liga Rio Negro a São Gabriel do Oeste, recebeu pagamentos por serviços não realizados, cujo superfaturamento chega a quase R$ 11 milhões. Os dados foram encaminhados à Polícia Federal e ao Ministério Público da União, que juntos desencadearam a Operação Lama Asfáltica. 
 
Na MS-040, segundo os órgãos federais, o dono da Proteco, o empresário João Amorim, tinha obrigação de plantar grama em toda a extensão da via, mas no lugar só colocou capim. A empresa também recebia dinheiro público para fazer manutenção da pavimentação em grandes extensões da via, porém, os espaços que realmente necessitavam de conserto eram muito pequenos. Durante as investigações da Operação Lama Asfáltica, os agentes descrobriram que a Proteco recebia para fazer a manutenção dos trechos com problema, porém a obra ainda estava no período de garantia, ou seja, era de responsabilidade da empreiteira realizar o serviço sem custos.

 

 

(Motoristas denunciam buracos na MS-040 próximo a Santa Rita do Pardo - Foto: Repórter Top) 

 

 

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