Em 1998, 20 anos atrás, a bancada parlamentar da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (AL-MS), era reinada pelo PSDB. À época, o governo era chefiado pelo então governador Wilson Barbosa Martins (morto neste ano, aos 100 anos de idade), do então PMDB, o hoje MDB.
Passado duas décadas, o PSDB permanece na linha de frente no parlamento estadual, mas siglas adversárias e que vão encará-lo na disputado pelo governo estadual, aproximaram e até igualaram à bancada tucana.
Hoje, o PSDB conta com sete deputados na Assembleia, mesmo número do MDB, que em 1998 tinha a metade que hoje, isto é, quatro parlamentares. Expectativas das legendas em questão indicam um confronto direto envolvendo o governador Reinaldo Azambuja, tucano, versus o emedebista André Puccinelli, duas vezes governador de MS (2007-2014).
O MDB, do presidente da AL, Júnior Mochi, empatou com o PSDB, do deputado Onevan de Matos, em número de parlamentares na Assembleia graças a escapada do deputado estadual George Takimoto, que era do PDT, e pulou duas semanas atrás para o partido de Puccinelli.
Terceiro pré-candidato ao governo, o juiz aposentado Odilon de Oliveira, estreante na política, é do PDT, sigla que mais perdeu deputados se comparado os eleitos de 1998 para cá.
Duas décadas atrás, o PDT era a segunda maior bancada da Assembleia Legislativa, com cinco deputados estaduais. Hoje, com a saída de Takimoto, os pedetistas não tem nenhum sequer representante do parlamento estadual.
Se valesse o número de parlamentares na AL, ao menos no apoio político a seus candidatos ao governo, Azambuja sairia como uma ligeira vantagem.
É que a Assembleia é separada em três blocos parlamentares, o de número I, II e a bancada do PT, que se mantém sozinho, sem legendas aliadas.
O bloco onde fica o PSDB, por exemplo, é integrado por 12 parlamentares, entre eles os sete tucanos, e parlamentares do PR, DEM, PSC, PSB e SD.
Já o bloco do MDB é somado por oito parlamentares: sete emedebistas, mais o deputado Lídio Lopes, que é do PEN.
Já o PT, de Pedro Kemp, petista com maior número de mandatos, que tem o ex-prefeito de Mundo Novo, Humberto Amaducci, como pré-candidato ao governo, ao contrário do PDT, foi a bancada que mais cresceu no parlamento de 1998 para cá. O partido tinha apenas um deputado e, agora, somam quatro.
O PR, que deve agir nas próximas eleições como sigla apoiadora do atual governo, tinha três deputados estaduais, em 1998. Hoje, são dois.
No âmbito nacional, o PMDB, PSDB e PT foram os partidos que mais perderam deputados nos últimos anos.