A+ A-

quarta, 24 de abril de 2024

Busca

quarta, 24 de abril de 2024

Link WhatsApp

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp Top Mídia News
Saúde

16/01/2018 07:00

A+ A-

Gêmeos morrem por falta de UTI e ambulância quebrar durante transporte de gestante

Pedro e Davi nasceram de sete meses, mas não resistiram devido à demora do atendimento

Aos 27 anos Magaly Romero Ojeda comemorava a primeira gravidez e a chegada dos filhos gêmeos Pedro e Davi. Mas o que era para ser alegria se transformou em luto e revolta. Os meninos morrem logo após nascer por falta de estrutura de atendimento em Ponta Porã, distante 325 quilômetros da Capital, onde eles deveriam ter nascido.

“Eu estava com quase sete meses de gestação e durante a madrugada estourou a bolsa. Como eu não sentia nenhuma dor fui para o hospital. Chegando lá, viram que eu estava em trabalho de parto e iriam me encaminhar para Dourados, foi aí que a saga começou”, conta entre lágrimas.

Segundo Magaly a viagem que deveria ser de 50 minutos demorou mais de duas horas, pois a ambulância estava com problemas mecânicos. “Além disso teve o atraso de chegar o socorro no hospital. Era seis da manhã quando decidiram minha transferência, mas só às 9h chegaram para me buscar e no caminho a ambulância quebrou e chegamos em Dourados somente as 11h30”, conta como que revivendo os momentos.

Com a demora os gêmeos não resistiram. “Correram para fazer a cesariana, mas meus bebês não resistiram. Eles morreram tão perto de viver”, lamenta a mãe. Ela resolveu denunciar o caso, para que olhem com maior atenção a saúde na fronteira.

“O enxoval estava todo pronto, hoje o que resta é o luto e minha luta para que não aconteça com mais ninguém. Porque se tivesse um atendimento acessível ou não tivesse quebrado a ambulância, quem sabe o desfecho seria outro. São tantos se”, diz a mãe que hoje chora por ter enterrado os dois filhos.

Outro lado

A reportagem tentou contato com o secretário de saúde de Ponta Porã, mas ele não retornou às ligações. No Hospital Regional de Ponta Porã que está sob o comando de uma OSS (Organização Social de Saúde) ou seja, terceirizado a informação é que a gestante foi regulada para Dourados e lá tods chegaram vivos. Não foi feito nenhum comentário sobre a ambulância quebrada. 

O governo do Estado não respondeu aos questionamentos da reportagem. A mãe segue chorando. 

Loading

Carregando Comentários...

Veja também

Ver Mais notícias
GOVERNO MS DENGUE ABRIL 2024