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Saúde

Mandetta quer ampliar socorro para viciados em drogas: 'hoje mães amarram filhos ao pé da mesa'

Futuro ministro quer separar dependentes químicos de pacientes com problemas mentais e auxiliar na recuperação dessas pessoas

16 dezembro 2018 - 07h00Por Rodson Willyams

O deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM), que a partir de 1° de janeiro assume o Ministério da Saúde, disse que o país precisa refletir quanto ao atendimento dos Centros de Apoio ou de Atenção Psicossocial (CAPs) para os dependentes químicos.

"A gente vai ter que discutir se vamos continuar dando somente o CAPs para o químico dependente", comentou Mandetta. O futuro ministro ainda informou que a rede de atendimento pública ficou sem espaço para internação destas pessoas.

"Tanto a internação para crise de abstinência quanto para a internação prolongada, você tem que garantir que no caso, as pessoas que decidem romper com aquela adição, com aquele vício. E, com isso, o sistema de saúde foi pego sem espaço. Nós perdemos a capacidade de dar respostas. Hoje você vê mães acorrentando seus filhos em pé de mesa", comenta Mandetta.

O médico ainda lembra que o Brasil vive uma epidemia com o crack. "Há uma avalanche do crack com milhões de químicos dependentes que sofrem de uma doença de saúde mental. Milhões de químicos dependentes sofrem de problemas de saúde mental, que é a adição ao vício da droga"

Mandetta ainda pontua que os pacientes químicos não podem ficar no mesmo espaço de pacientes com problemas mentais. "Não podemos misturar esses pacientes, os pacientes químicos 'predam' os pacientes mentais".

Este será um dos principais desafios do futuro ministro.