A prefeitura de Campo Grande descartou, até o momento, o risco de uma epidemia de dengue na cidade. De janeiro até agora, houve 390 notificações da doença e 27 casos confirmados. Porém, no interior a situação é mais preocupante, sendo que Camapuã notificou 51 casos para uma população de pouco mais de 13 mil habitantes. 

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), para ser considerada epidemia, é preciso que haja mais de 300 casos notificados por 100 mil habitantes. Por isso, os 27 registros da doença para uma população de pouco mais de 800 mil pessoas tranquiliza o poder público em Campo Grande. 

No interior a situação inspira cuidados. Camapuã, na região norte de MS, é a cidade com mais notificações por habitante, cuja incidência, segundo a SES (Secretaria Estadual de Saúde) é de 370,4. No estado, esse ano, foram 1.042 notificações da doença até o dia 15 de fevereiro.  As cidades de Amambai, Ivinhema, Água Clara, São Gabriel do Oeste, Sete Quedas, Rio Negro e Pedro Gomes aparecem na planilha da SES como locais de média incidência, que tem de 100 a 300 casos por 100 mil habitantes. 

Sobre os casos de zika, em Campo Grande, de janeiro a 15 de fevereiro deste ano, foram 35 casos notificados, sendo que nenhum foi confirmado. Três gestantes passaram por acompanhamento médico. Em Mato Grosso do Sul, até o dia 8 de fevereiro deste ano, houve 67 notificações da doença, sendo que 25 já foram descartados e 42 ainda estão em análise. 

Chikungunya

Em 2017, nenhum caso de chikungunya foi registrado, segundo a Sesau, mas no boletim epidemiológico da SES, aparecem quatro casos da doença na Capital, sendo dois casos contraídos na cidade e dois importados do Mato Grosso. No interior, Aquidauana registra o outro caso da doença, contraída na própria região. 

Conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a região sul de Campo Grande é que concentra a maior notificação de casos de dengue na cidade. O órgão diz que intensificou as ações, como a aplicação do fumacê, que conta com seis equipes e é realizado diariamente nos bairros da cidade. 

Sobre as grávidas, suscetíveis à gerar um filho com microcefalia por conta da zika, a Sesau garante que, para esse grupo, há distribuição gratuita de repelentes nas Unidades Básicas de Saúde e CRS's (Centros Regionais de Saúde).