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Saúde

21/01/2018 09:30

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Vulneráveis, 1.328 adolescentes entre 12 e 19 anos ficaram grávidas em Campo Grande só ano passado

A partir dos 10 anos, a 'menina-mãe' tem que receber atenção redobrada

1.328 adolescentes e jovens entre 12 e 19 anos ficaram grávidas em Campo Grande somente em 2017, conforme números da Secretaria Municipal de Saúde. Uma triste coincidência entre esse grupo, é que maior parte dele vive em áreas de vulnerabilidade social na cidade.

Os casos de gravidez precoce são levados às UBS's (Unidade Básica de Saúde) e UBSF's (Unidades de Saúde Básica da Família) em Campo Grande. Todas elas realizam o pré-natal nessas unidades.

Conforme a Sesau, nos casos mais graves, quando a gestação ocorre dos dez aos 14 anos de idade, a assistência à gestante deve ser qualificada. A abordagem é diferenciada pelo maior número de consultas e adaptação para linguagem de fácil compreensão.

No grupo de meninas com essa faixa etária, as principais comorbidades a serem rastreadas, conforme a Sesau, são: doenças hipertensivas específicas da gravidez; anemia; infecções; prematuridade.

Nas consultas, diz o poder público, é preciso considerar a atenção integral à saúde da adolescente grávida, seu crescimento e desenvolvimento e bem-estar físico, mental e social, pois além de estar gestando um bebê ela também está em processo de crescimento.

Problemas

Além dos diversos riscos de uma gravidez precoce, existe a não aceitação da família. Em março deste ano, uma mãe foi presa ao coagir a filha de 17 anos a abortar um feto de cinco meses. A Polícia Civil suspeita que uma enfermeira forneceu um medicamento abortivo para interromper a gestação.

Depois do procedimento criminoso, a adolescente  colocou  a criança em uma caixa de papelão, com flores e um rosário dentro. Em seguida enterrou o feto nos fundos da casa onde morava, no bairro Guanandi.

Adolescentes do Instituto Mirim ouvem palestra sobre gravidez precoce. (Foto: PMCG)

Prevenção

Segundo a prefeitura, a prevenção à gravidez na adolescência é abordada dentro do Programa Saúde na Escola.  A ação visa ampliar a oferta de assistência à saúde do adolescente e conta com amplo enfoque, englobando, além de aspectos técnicos e biológicos, questões psicossociais, históricas, sociais, culturais, políticas, valores e comportamentos.

Uma das palestras ocorreu na Escola Estadual Arthur de Vasconcelos Dias, no bairro Estrela do Sul, no dia 13 de novembro. O palestrante, o médico ginecologista e obstetra, Wilson Sami, destacou a orientação como melhor caminho para prevenir gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis.

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