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Aos 16, Estêvão é tido como 'joia' pelos times e já tem contrato milionário igual craque europeu

Meia-armador é de Paranhos e quem quiser tirá-lo do Internacional terá de pagar R$ 280 milhões

16 setembro 2018 - 11h30Por Thiago de Souza

A carreira de Estêvão Barreto de Oliveira, 16 anos, natural de Paranhos, pode ser comparada a passagem de um meteoro. Iniciado no futebol ao cinco anos, o menino despontou em todas as categorias de base que atuou e, em menos de oito anos, viu seu talento ser disputado por grandes clubes do futebol brasileiro e da Itália. O resultado, é que ainda menor de idade, sua multa rescisória está avaliada em 60 milhões de euros. Se preferirem, 280 milhões de reais.

Quem relembra a trajetória do jogador é o próprio pai, Leandro Carlos de Oliveira, 49 anos, servidor público. Foi no futebol de salão que Estêvão deu os primeiros chutes. Tempos depois, foi visto pelo professor Denilson Rafaine, ainda em Paranhos, que coordenou a transição - rápida - do garoto para o futebol de campo.

Os títulos de torneios conquistados pelo jogador, em Paranhos e no Estado foram se multiplicando. A principal marca dele, segundo o pai, é a precocidade. Estêvão sempre disputou campeonatos em categorias acima da sua. ''Sempre'', enfatizou Oliveira.

Atleta é marcado pela precocidade no futebol. (Foto: Reprodução Instagram)

A cidade do MS ficou pequena para tanto talento e Denilson o levou para o São Paulo Futebol Clube. Aos nove anos, a passagem pelo primeiro  grande clube não deu certo, mas não por falta de futebol, e sim porque a família não podia se sustentar sem ajuda de custo do clube na capital paulista.

''Tanto ele quanto nós ficamos chateados, mas ele não se abateu e manteve o foco'', lembra o pai.
Um campeonato internacional, categoria sub-11, disputado em Jataí (GO), foi um divisor de águas na carreira do atleta. Olheiros de vários clubes observaram as características do garoto, que segundo o pai é um meia-armador que pega a bola para fazer o jogo e também é forte no chute a distância.

Em 2011, o treinador levou Estêvão para teste no Santos, onde foi aprovado. Ficou quatro anos e também colecionou títulos. No entanto, não havia o sub-14 no clube, diz o pai, e o treinador à época achou que o jogador estava fisicamente abaixo da categoria acima.

Entre as propostas que tinha, a família buscou o internacional, em 2016, onde atuou no sub-14. A escola gaúcha de futebol, diz o pai, é a mais moderna e se assemelha mais ao futebol internacional.

Estêvão sonha em jogar pela seleção e ter contrato no futebol espanhol. (Foto: Divulgação)

Em 2017, o auge de Estêvão foi no sub-15 do time gaúcho, com a conquista da Copa Nike e a disputa na Copa Internacional Cruzeiro Camp, onde foi vice campeão em janeiro daquele ano. Foi ai que surgiu interesse maior do futebol nacional e italiano.

No dia 30 de agosto deste ano, o Inter pediu à família para profissionalizá-lo e o craque assinou o contrato mais importante até agora. A multa rescisória o é, segundo o pai, de 60 milhões de Euros, ou 282 milhões de reais, que vigora até 2021. Para efeitos de comparação, o zagueiro camarones do Barcelona, Samuel Umtiti, no início do ano, tinha multa no mesmo valor e contrato também até 2021.

O pai celebra ainda o fato de Estêvão já ter treinado com o time profissional do Inter. O foco do garoto e  da família é se firmar no profissional, chegar à seleção brasileira e fechar contrato com um grande time europeu. O Real Madrid é o time de coração de Estêvão fora do Brasil.