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'Certinho' na defesa, Galo precisa de mais eficiência ofensiva

Vitória contra o Cruzeiro poderia ter sido construída com mais tranquilidade e mais gols

20 maio 2018 - 12h04Por Globo Esporte

e degrau em degrau, passo a passo, de trás para frente. Assim tem sido a organização do Atlético-MG na temporada. O time, que foi muito modificado para 2018, parece ter se encontrado do ponto de vista defensivo. Tem tido atuações seguras. Bremer apareceu bem e conquistou a vaga de titular na zaga, Emerson teve boa estreia na lateral direita. O meio-campo também vai bem com o esquema implantado por Thiago Larghi, com três homens de marcação. Falta, agora, afinar o setor ofensivo, que vem "batendo cabeça".

Contra o San Lorenzo, na Sul-Americana, a eliminação veio após 180 minutos sem nenhum gol. O mesmo aconteceu contra a Chapecoense, na Copa do Brasil. O Galo chegou a pressionar e criar muitas oportunidades contra os dois adversários, mas não conseguiu marcar. No clássico desse domingo, contra o Cruzeiro, o filme se repetiu, mas Róger Guedes marcou o gol que foi suficiente para decretar a vitória pos 1 a 0 e os três pontos.

Mesmo assim, o time poderia produzir mais do ponto de vista ofensivo. Pecou no último passe e, muitas vezes, na finalização. O centroavante Ricardo Oliveira não fez uma boa partida contra o Cruzeiro, desperdiçando algumas oportunidades. Com o time "certinho" na defesa, o foco de Thiago Larghi, agora, deve ser o ataque, como analisa o volante Adilson - que fez outra grande partida no clássico.

- A gente conversa sobre isso. A gente sente isso também. A gente constrói muito, tem muita qualidade na construção, e acaba pecando um pouco na finalização. A gente não vai colocar (a culpa) no Ricardo, no Róger Guedes, em quem está na frente. É um problema da equipe inteira. Acho que vale um cuidado, um treinamento, um foco nisso, às vezes tem um companheiro melhor posicionado. A gente poderia ter feito pelo menos dois gols e ter conduzido o jogo de uma forma mais tranquila. É o que a gente falava desde o Campeonato Mineiro. É um time em construção. Começando pela defesa, saída de jogo. Talvez esteja no momento de a gente focar na finalização.

O próprio treinador falou sobre o assunto.

- A gente sabe que temos potencial para ter mais gols. As oportunidades criadas são muitas. Contra a Chapecoense aqui (no Independência) também foi assim, contra o San Lorenzo também. É importante ter autocritica e reconhecer onde temos que melhorar. Acho que temos capacidade para fazer mais gols e merecemos placares mais largos.

A maior dificuldade de Thiago Larghi para aprimorar o setor ofensivo do Atlético-MG está em fazer isso sem perder o equilíbrio do time. Quando joga com Otero e Cazares, por exemplo, perde um homem de marcação - que vem sendo importantíssimo do ponto de vista defensivo. A resolução pode ser com alguma mudança de posicionamento ou, simplesmente, com treino. Quando se propõe um jogo seguro defensivamente, é essencial buscar uma grande eficiência ofensiva. O Galo não vai ter 10, 20 chances em todos os jogos. Nas partidas mais difíceis, pode ter uma ou duas. E tem que saber aproveitar.

Outro fator que pode auxiliar nesta questão é a possível chegada de reforços. Thiago Larghi disse que espera "três ou quatro" novos jogadores e já falou, também publicamente, que atletas de meio-campo e ataque estão na mira do clube. Uma nova peça para o time titular (como um novo camisa 10, por exemplo) pode, também, resolver a situação.

De qualquer maneira, ponto para o trabalho de Thiago Larghi. Na estratégia de arrumar o time "de trás para frente", ele vai muito bem. O Galo é, hoje, um time sólido. Tem padrão de jogo. Falta "só" mais eficiência ofensiva, mas o treinador vem mostrando que está bem atento aos problemas da equipe. Ele terá, agora, uma semana cheia de treinamentos. O próximo jogo é contra o Flamengo, sábado, às 21h (de Brasília), novamente no Independência.