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De olho no Pan, garotos superam limites e representam MS no Brasileiro de Judô

Quatro jovens lutadores viajam rumo à Bahia para tentar medalhas importantes nos tatames

20 outubro 2016 - 12h18Por Amanda Amaral

Depois de muito treino e soma de vitórias, meninos de Campo Grande viajam para Lauro de Freitas, na Bahia, para competir no Campeonato Brasileiro de Judô Sub 13, que acontece nos dias 22 e 23 de outubro e reúne mais de 200 atletas de todo o país. Alunos da tradicional Academia Rocha, os quatro garotos treinam a todo vapor para conseguir medalhas para Mato Grosso do Sul, que garantem vaga nos Jogos Pan-Americanos de 2019.

Esta é a primeira faixa etária dos campeonatos que a Confederação Brasileira de Judô realiza, considerada o primeiro passo para chegar a uma Olimpíada. Após o fim dos Jogos do Rio de Janeiro, que aconteceu neste ano, a próxima competição poliesportiva de destaque para o Brasil e outros países do continente é o Pan, que será disputado em Lima, no Peru.

O atleta Geovani Ferreira, de dez anos, garantiu a vaga na categoria Super-Ligeiro, até 28 kg, após vencer outros importantes campeonatos, entre eles o do Centro-Oeste. Ele conta que leva a rotina de treinos bastante a sério. “Passo todos os dias treinando, umas duas horas, para poder ganhar. É difícil, ainda mais a parte de manter o peso certo, mas depois vale a pena, porque quero participar de uma Olimpíada e ser professor também”, conta o garoto, que vai viajar pela 1ª vez de avião.

 Geovani Ferreira. (Foto: André de Abreu)

Yuri Souza Benevides, que compete na categoria até 38 kg e João Pedro de Andrade, na de até 31 kg, ambos com 11 anos, contam que é a primeira vez que viajam para fora do Estado para competir. Écio Almir Oliveira Neto, de 12, o mais velho da equipe, está na categoria até 42 kg. “Vai ser bem legal, mas não tem como, todo mundo está ansioso, porque a gente não sabe bem como vai ser! Mas mesmo que a gente não traga alguma medalha, o importante é participar e competir”, diz o pequeno João, que treina desde os seis anos de idade.

Sua mãe, Thaís Alexandre da Silva, 35 anos, vai acompanhar o filho na viagem e conta que está apreensiva há dias. “Ele é muito disciplinado, os professores da escola até já comentaram comigo que foi muito bom ele ter entrado no judô, se tornou um ótimo aluno. Nos treinos também eles fazem muitas amizades, o ambiente é positivo, fico bastante feliz por ele”, se orgulha a mãe.

(Foto: André de Abreu)

Professor da turma e atleta entre 1989 e 2005, o sensei Marcelo Matos, de 35 anos, avalia que as expectativas são boas e que a competição é onde se começa a detectar os maiores talentos do esporte, mas também uma experiência inesquecível. “Mesmo que não sigam como atletas, eles vão entrar em contato com outras culturas. O judô é ferramenta social, com princípios que você leva para toda a vida, desde o respeito ao próximo, a dedicação e disciplina. A busca é constante, eu mesmo continuo aprendendo”, avalia.

Sensei Marcelo Matos. (Foto: André de Abreu)

O campeonato

No total, a competição recebeu as pré-inscrições de 261 atletas de 25 estados brasileiros, sendo 141 meninos e 120 meninas. No masculino, as categorias mais cheias são a Ligeiro (31kg) e a Meio Pesado (52kg), ambas com 20 judocas cada. No feminino, o peso Leve (38kg) com 19 atletas, e o peso Pesado (+52kg), com 17, são as categorias mais cheias. 

Em 2015, o quadro geral de medalhas no masculino foi liderado por Rio de Janeiro, seguido por São Paulo, Distrito Federal, Paraná e Pará, respectivamente. No feminino, São Paulo ficou em primeiro lugar, seguido por Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraná e Piauí.