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Top Esporte

01/05/2018 14:21

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'Eterno': Cezário é reeleito para a federação de futebol por mais quatro anos

Sem oposição, o atual presidente teve 35 votos a favor e dois brancos, que são tidos como 'contra'

O presidente da Federação de Futebol do Mato Grosso do Sul, Francisco Cezário, foi reeleito para mais quatro anos à frente da entidade. Na eleição que ocorreu na segunda-feira (30), o atual gestor só teve dois votos contrários, que foram em branco, já que não havia chapa concorrente

Conforme a FFMS, dos 37 representantes com direito a voto, 35 foram a favor da gestão Cezário e dois votaram em branco, entre amadores, profissionais e ligas. 

O pleito ocorreu em um hotel em Campo Grande, que segundo a FFMS, ocorreu após a prestação de contas com os presidentes de clubes e ligas. União/ABC, Costa Rica e Sete de Setembro, estiveram ausentes.

Entre os vice-presidentes que compõe a chapa etão Jamiro Rodrigues de Oliveira, Marco Antonio Tavares, Romeu Castro, Carlos Alberto de Assis, Alfredo Zamlutti Junior, Estevão Petrallas, Joaquim Soares e Américo Ferreira da Silva.

O novo mandato será de abril de 2019 até 2023.

Ironia

Apesar das inúmeras críticas de diversos presidentes de clubes, torcedores e profissionais da imprensa, Cezário permanece como 'coronel' do futebol sul-mato-grossense.

O esporte definha em Mato Grosso do Sul. A principal competição, que é o campeonato estadual vive com estádios vazios e abandono de clubes do certame dias antes da estreia.

Ilegalidades

O TopMidiaNews apurou que a eleição foi repleta de irregularidades, já que na lista de votantes, haveria nomes que não poderiam participar do processo eletivo.

Conforme o TopMídiaNews apurou por meio dos editais de competições da FFMS, de 2015 a 2018, alguns clubes não cumpriram o estatuto para participar do pleito, mas, ainda assim, foram relacionadas para votação desta segunda-feira.

No edital de convocação para a eleição, é dito que os clubes aptos com dois votos (profissional e amador) são União/ABC, Sete de Dourados, Corumbaense, Costa Rica, Águia Negra, Comercial, Operário, Novo e Urso, Misto, Serc, Naviraiense e Ivinhema.

Já os clubes profissionais, tidos como credenciados a voto, Ubiratan (Série A-2015 e Sub17-2016), Cene (inativo desde 2016 em todas as categorias) e Maracaju (Série B 2015 e Sub13 2016) não disputaram três anos seguidos as competições oficiais. Isto é, não poderiam votar. Mas, vão, conforme edital da eleição publicado por três dias da semana passada num dos jornais impressos de Campo Grande.

Também foram citados clubes profissionais com direito a um voto, como times amadores, porém, de maneira ilegal, pois não disputaram competições oficiais em três anos consecutivos.

São eles: Aquidauanense (Série B-2015, Sub14 - 2015 e Série A-2016); Portuguesa (Sub17-2015 e Sub17 2016); ; Guaicurus (Sub19-2015 e Sub13-2017), Coxim (série B 2016 e Sub13-2017 e Sub17-2016) e Camapuã (Sub17- 2016 e 2017).

Entre os times amadores que aparecem no edital como apto ao voto, estão Seduc, este sim, cumpre a norma estatutária da FFMS, e o Náutico, que começou a participar das competições apenas em 2016. E, pela regra, deveria ter atuado em competições por três anos seguidos.

De acordo com a apuração do TopMidiaNews dos 24 clubes citados como competidores de eventos da FFMS, somente 13 poderiam participar do processo de eleição da entidade.

A reportagem do TopMidiaNews verificou nos editais disponíveis no site da FFMS 58 clubes profissionais ou amadores que disputaram competições oficiais desde o sub13 ao profissional entre os anos de 2015 a 2018.

Outra

Desde 2015 entrou em vigor a lei federal que criou o Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro, o conhecido PROFUT, medida que entrou em vigor ainda na gestão da presidente Dilma Roussef.

A ideia nova possibilitou que clubes parcelassem seus débitos e que entidades promotoras de esportes, como Confederações, Federações e Ligas cumprissem uma série de exigências como a eleição de dirigentes com uma única reeleição, eleição de representantes de atletas nos conselhos das entidades e a eleição de conselhos fiscais independentes para dar mais transparências as entidades. Mas isso não ocorre na FFMS.

Conforme o Estatuto da FFMS, mesmo tendo uma reforma estatuária em 2015, não constam as mudanças exigidas pela nova legislação do PROFUT, a eleição independente de chapas para o conselho fiscal, além de terem seu balanço financeiro anual das associações divulgadas no site da federação de futebol. Os balanços no site são somente referentes ao ano base 2016.

Eleições

Em 2010 a FFMS não promoveu eleição. O atual presidente modificou o estatuto da entidade e seu mandato expirou em 2014. Ano seguinte, ele foi reeleito.

À época Cezário poderia ter enfrentado oposição, mas isso não ocorreu devido a uma outra modificação estatutária. Seria seu concorrente o técnico de futebol Amarildo Carvalho, ex-zagueiro do Operário que teve passagens no Palmeiras e times do exterior.

Amarildo declarou à imprensa, na época, que nem chegou a registrar sua candidatura porque o presidente da FFMS impôs numa das cláusulas que só poderia disputar a eleição se já tivesse presidido um clube. “Fui jogador”, queixou-se o técnico.

 

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