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há 7 anos

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Fluminense inaugura exposição em homenagem à Copa Rio de 1952

Clube reconta história da competição conquistada de forma invicta e, com livro produzido, reivindica que Fifa a reconheça como título mundial

Castilho; Píndaro, Pinheiro; Jair, Edson, Bigode; Telê, Didi, Marinho, Orlando Pingo de Ouro e Quincas. Com essa escalação, o Fluminense superou o Corinthians e foi campeão da segunda edição da Copa Rio, em 1952. O aniversário de 65 anos da conquista é tema de exposição no museu do Tricolor, nas Laranjeiras, um resgate do passado que visa mudar o presente. O clube pleiteia o reconhecimento, por parte da Fifa, de que a competição foi o embrião do atual Mundial de Clubes.

Com objetos da época do seu cinquentenário, no mesmo ano, a mostra remonta ao título. Ele foi conquistado em dois jogos no Maracanã (2 a 0 em 30 de junho e 2 a 2 em 2 de agosto). A história da competição é recontada, além, claro, da dos jogadores. O entendimento é de que a Copa Rio, cuja primeira edição foi no ano anterior, com o Palmeiras levantado o troféu, tem o mesmo patamar das Taças Intercontinentais - como as de Santos, Flamengo, Grêmio e São Paulo, disputadas entre 1960 e 2004.

- O Fluminense começou o trabalho de reconhecimento quando pintou o muro do estádio das Laranjeiras com a inscrição "Campeão Mundial de 1952", em 2011. Hoje, a gente sabe que o torcedor já se considera campeão mundial. Após citações da Fifa, os títulos de 1951 e 1952 tem exatamente o mesmo status das Taças Intercontinentais até 1999, antes do Mundial organizado em 2000 pela Fifa, que, inclusive, é idêntico ao da Copa Rio: mesma fórmula de disputa, mesmas cidades-sede, mesmo número de participantes. A Copa Rio foi uma iniciativa seminal para o que hoje temos como Mundial Interclubes - declarou Dhaniel Cohen, um dos membros do Flu Memória e organizador da exposição e da "Flu Fest".

Como ocorre desde 2014, o Flu fará uma grande festa em seu aniversário, no dia 21 de julho. A quarta edição da "Flu Fest" terá o lançamento do livro oficial da conquista de 1952, além de camisas retrô, show de artistas tricolores e venda de outros produtos institucionais, a partir de um crowdfunding (financiamento coletivo) por seus torcedores. A publicação, aliás, é o material enviado pelo clube à Fifa.

- A gente tinha a intenção de fazer a Flu Fest desse ano em homenagem aos 65 anos da conquista do Mundial. Inicialmente, tivemos a ideia de fazer camisas retrô, que estão expostas e serão recompensas desse crowdfunding para uma determinada quantia. Vamos unir tudo de bom nesse dia: uma grande festa, com show do tricolor Paulo Ricardo, o lançamento desse livro histórico, camisas retrô, medalhas de bronze para quem contribuir com a maior faixa no crowdfunding, entre outros produtos institucionais - disse Heitor D'Alincourt, também mentor dos eventos.

Caminhando pelos corredores do museu, a renovada Sala de Troféus do clube, os torcedores encontrarão peças como a réplica em bronze da chuteira de Marinho, um dos artilheiros da Copa Rio, com 5 gols, ao lado do companheiro Orlando Pingo de Ouro.

- A gente conseguiu duas bolas oficiais, uma do campeonato estadual de 1951, embrião do time que conquistou o Mundial, e outra de 1952, com a chancela da Copa Rio. Uma das taças da competição, a Taça Ramos Pinto, da vitória no confronto sobre o Corinthians, também trouxemos para a exposição. Conseguimos as flâmulas de todos os adversários do Fluminense e muitos símbolos do cinquentenário do clube, que foi naquele ano, como selo, livros, entre vários objetos. Em destaque, temos a chuteira eternizada do Marinho, artilheiro da competição com 5 gols - destacou Cohen.

Único membro daquele elenco ainda vivo, o ex-zagueiro Nestor esteve presente na inauguração da exposição. "Sem muito o que dizer pela emoção", em suas palavras, ele resumiu o sentimento dos tricolores:

- Nessa época, todos nos consideravam campeões mundiais. Nos chamavam assim. Esse grupo era fantástico. O maior time que joguei, com o melhor de todos os jogadores, Didi. Fomos campeões mundiais e acabamos com a ressaca do Maracanazzo (o Uruguai venceu o Brasil na final da Copa do Mundo de 1950, no Maracanã).

A exposição fica, a princípio, até o fim do ano no Museu do Fluminense, nas Laranjeiras. O local funciona de terça à sexta das 9h às 17h, aos sábados, das 10h às 15h, e domingos, das 10h às 13h. A entrada custa R$ 20 aos não-sócios e é gratuita para associados.

 

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