Presidente da Top Rank, uma das maiores organizações de promoção de boxe do mundo, o advogado americano Bob Arum sabe bem do que acontece no meio da "nobre arte", especialmente em Las Vegas, onde reside. Portanto, está "por dentro" da negociação para a realização da sonhada luta de boxe entre Floyd Mayweather Jr, multicampeão mundial na modalidade, e Conor McGregor, campeão dos pesos-leves do UFC, mesmo sem representar nenhum dos dois atletas.
Por outro lado, o promotor também é conhecido por ser um ferrenho crítico do MMA e já trocou farpas pela mídia com Dana White, presidente do UFC. Logo, suas declarações em entrevista ao site "Fight Hype", publicada na noite de quinta-feira, devem ser tomadas com ressalvas. Arum afirmou que o Ultimate teria pedido a McGregor metade de sua bolsa na luta para liberá-lo a enfrentar Mayweather no ringue do boxe, e aproveitou para disparar contra os desafetos.
- Eu não tenho nenhum controle sobre isso. Acho que o único impedimento para isso é o UFC, porque o UFC não trata os lutadores do mesmo jeito que promotores de boxe tratam - em outras palavras, os lutadores do UFC recebem muito menos que os boxeadores. Eles propuseram um acordo ao Conor no qual, em sua parte da bolsa, eles levam 50%. Para com isso! Se a luta não acontecer - não que eu ache que será uma grande luta, porque Conor enfrentar Mayweather não é uma luta de verdade, se for no boxe... Conor é um ótimo cara no MMA, mas não mostrou nada no boxe, e o Mayweather é um dos maiores lutadores, mas se essa luta não acontecer, a culpa vai ser toda do UFC - declarou Arum.
Dana White chegou a fazer uma oferta pública a McGregor e Mayweather para a realização da luta, em janeiro. Na ocasião, propôs US$ 25 milhões para cada um, mais uma parcela da receita das vendas de pacotes de pay per view. Mayweather, contudo, zombou da proposta. Recentemente, White, que inicialmente era contrário ao duelo, admitiu que o confronto envolvia muito dinheiro e que ele provavelmente vai acontecer.
