TJMS - PROTETIVAS ELETRONICAS - JULHO 2025

quarta, 16 de julho de 2025

Busca

quarta, 16 de julho de 2025

Link WhatsApp

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp Top Mídia News
Algo mais

09/08/2020 13:30

Mães solteiras trabalham por dois e merecem muitas homenagens no Dia das 'Pães'

Filhos defendem mães com unhas e dentes e garantem não sentir falta da figura paterna

Neste domingo é comemorado o Dia dos Pais, data para uma reflexão sobre as famílias constituídas por mãe e filho, sem a figura paterna. Muitos são os fatores que podem contribuir para esta formação, como o abandono do pai, perda do parceiro, entre muitos outros.

A constituição em si não é tão importante quanto o amor e a dedicação dessas ‘pães’, que merecem sim, uma grande homenagem neste dia.

Sem o nome do pai no registro, o administrador Fernando Abreu de Campos, 28 anos, foi criado pela mãe e agradece pela oportunidade e exemplo dado.

“Ser criado pela minha mãe foi algo bom, pois ela me ensinou muitos valores éticos, cristãos, que me fizeram a pessoa que sou hoje. Ela criou a mim e minha irmã praticamente sozinha, mas teve ajuda dos meus avós, que também estavam presentes na minha criação e de minha irmã, já que morávamos ao lado da casa deles”.

(Fernando com a mãe e irmã. Foto: Arquivo pessoal)

A lembrança mais marcante da infância dele é da luta da mãe ao sair para trabalhar a pé ou de bicicleta. “Quando eu era pequeno, ela conseguiu emprego como agente comunitário de saúde e, desde então, se esforça até hoje pra manter a casa. Embora hoje eu seja casado, e não more mais com ela, ainda vejo seus esforços, seu trabalho. Eu a admiro muito, quero ter ao menos um pouco de sua força de vontade e perseverança”

Diferente de Fernando, a estudante Ariel Dorneles dos Santos, 28 anos, tem o nome do pai em sua certidão, no entanto, a convivência mesmo não foi possível. A jovem revela que, do ponto de vista econômico foi complicado, pois era apenas uma pessoa para arcar com as despesas, algo que não deve ser glamourizado, mas que a mãe tirou de letra.

“A minha sempre foi muito amorosa e cuidou de nós muito bem. Se preocupava que a gente estudasse, que a gente tivesse perspectiva de vida, nos deu muito amor, carinho, sempre foi muito protetora”. 

Sobre a figura do pai, Ariel revela que ela a irmã lidam bem com a ausência. “A figura de um pai nunca foi algo que me deixava intrigada. Inclusive, no Dia dos Pais, era para ela que a gente dava o presente, sem problemas. A gente sempre soube que o nosso pai não nos procurava e não auxiliava em nada. Acho que a minha mãe conseguiu suprir qualquer necessidade de uma figura paterna, mas também sei que isso a desgastou muito porque era pra ser diferente, era para ser compartilhado, mas ela deu conta, foi guerreira”, complementa.

Fernando revela que mãe, assim como a avó, merece ser homenageada na data. “Nesse Dia dos Pais, ela representa o lar de muitas pessoas que não tem a presença de uma pessoa do sexo masculino, o chamado "pai", e acredito que pai ou mãe seja quem cria, independente de gênero. Para a minha, deixo aqui minha homenagem a todos os pais, principalmente a essas mulheres guerreiras, que fazem com maestria esse papel”.

Ariel também defende que a mãe deve ser homenageada nesta data. “Ela é uma vitoriosa. Passar por empregos mal remunerados, trabalhar doente, criar duas crianças sozinha, não ter tempo para ter uma vida social comum é algo que poucas pessoas fazem. Ela sempre ficou em nós, inclusive agora que estamos adultas. Ela poderia ter feito igual ao meu pai e desistido de nós, deixado de lado, mas ela não fez. Ela nunca desistiu”, finaliza.

Siga o TopMídiaNews no , e e fique por dentro do que acontece em Mato Grosso do Sul.
Loading

Carregando Comentários...

Veja também

Ver Mais notícias