A pequena Maria Helena, de apenas oito anos, ficou internada por 73 dias, quase dois meses e meio, na Santa Casa de Campo Grande, desde quando foi trazida para a Capital em decorrência de queimaduras graves, consequência de um acidente que - até hoje - não tem explicação. Na última quarta-feira (18), ao receber alta, a pequena recebeu todo o carinho em forma de música ao vivo, cartazes e balões.
Tudo começou no dia cinco de novembro de 2022. A pequena Maria Helena estava na festa de casamento de um familiar quando foi servir o buffet. “De alguma forma, que a gente não consegue compreender, pegou fogo no vestido dela”, explica o pai da menina, o advogado Cleber Paulino de Castro.
Após ser ajudada por convidados da festa e receber os primeiros socorros na cidade de Dourados, região em que a família reside no interior do Estado, Maria precisou ser encaminhada para a Santa Casa de Campo Grande por conta da gravidade das queimaduras. Este foi o início de uma internação de durou 73 dias no total.
“Nossa filha chegou aqui bem e consciente e de repente perdeu a consciência e a capacidade de respiração. Foi para UTI, ficou seis dias intubada e teve que fazer um enxerto de pele porque a queimadura era grande. Então, a gente viveu dias muito difíceis aqui”, relembra o advogado sobre os dias em que precisou trocar a rotina de trabalho no interior para acompanhar o tratamento da filha na Capital.
Porém, a mudança de hábitos acabou afetando não só pai e sim toda a família. A professora Cátia Regina Moura de Castro também passou dias de sufoco enquanto a filha, Maria Helena, se recuperava. “Ao mesmo tempo que foram momentos difíceis, o acolhimento e as palavras positivas ajudaram muito a gente”, ressalta Cátia Regina.
“Para uma criança vivenciar tudo o que aconteceu é difícil, por isso eu agradeço, muito, a toda equipe mesmo. Não foi o acolhimento só de um grupo, envolve todos os profissionais, desde a hora que a gente entra no hospital, até chegar aqui. Quando o doutor vinha do procedimento no Centro Cirúrgico com aquele sorriso dava um alívio muito gostoso”, complementa a professora.
Depois de tantos sustos e para finalizar mais de 70 dias de internação, nada mais justo que uma boa comemoração. Na saída do hospital, no dia da alta hospitalar, a menina foi recebida com uma apresentação musical, na interpretação do músico João Paulo Pompeu, na voz e violão, além de cartazes, balões e a presença de familiares.
“Estamos saindo da Santa Casa e vamos vivenciar uma nova fase, com os retornos no ambulatório, porque o tratamento continua. Mas nos sentimos muito felizes e aliviados em poder ir embora com a nossa princesa bem”, comenta a mãe. “Graças a Deus a Santa Casa possui profissionais muito bons e acolhedores, que nos trataram com tanto carinho que dava muita segurança para a gente”, finaliza o pai.