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Com refeição por R$ 15, almoço no restaurante da UFMS é um dos mais caros do país

Para efeito de comparação, o valor cobrado no estado vizinho, Mato Grosso, é de R$ 2,50

03 abril 2022 - 15h15Por Antonio Bispo

Após o reitor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Marcelo Turine, publicar a normativa que aumenta o valor do almoço do restaurante universitário, de R$ 4,50 para R$ 15, a instituição encabeça a lista de um dos mais caros do país.

Pesquisa informal foi feita pelo site Mídia Ninja, após a publicação de um aluno da Universidade de São Paulo - USP viralizar nas redes sociais. O valor cobrado na unidade de ensino é de R$ 2. Diversos estudantes compartilharam os valores cobrados nas universidades de cada Estado.

Refeição servida na USP por R$ 2

Em Sergipe, por exemplo, a refeição é uma das mais baratas do país. A universidade cobra apenas R$ 1 dos estudantes. Na Federal do Rio Grande do Sul, a refeição custa um pouco mais, onde os alunos precisam desembolsar R$ 1,30 para se alimentarem.

Almoço oferecido na UFS por apenas R$1

E se engana quem pensa que, por esses valores, as refeições sejam abaixo do padrão. Conforme fotos publicadas pelo estudantes, o almoço é bem caprichado, contendo proteínas e saladas em todos eles, além de uma sobremesa.

Nessa quarta-feira (30), centenas de estudantes se mobilizaram pelo campus da UFMS para protestarem contra o aumento expressivo.

Com cartazes e gritos de ordem, o grupo reivindicou para que o valor seja reduzido, uma vez que, para muitos que apenas estudam, é inviável pagar o valor cobrado.

"Muito alunos passam fome, deixam de virem nas aulas à tarde ou nas atividades extracurriculares, porque não podem se manter na universidade, não têm o que comer", disse a estudante do curso de Artes Visuais, Amanda Araújo.

Segundo a UFMS, 83,7% dos estudantes dos campus de Campo Grande, Aquidauana, Corumbá e Três Lagoas possuem renda per capita e até 1,5 salário mínimo. Dessa forma, poderão pagar o valor de R$ 3 pelo almoço. Entretanto, para isso, deverão estar cadastrados no CadÚnico, do Governo Federal.

"Para almoçar e jantar o estudante vulnerável gastará R$ 6,00 por dia, com um cardápio elaborado por nutricionista (arroz, feijão, guarnição, proteína animal ou opção vegetariana e sobremesa), ao passo que a UFMS arcará mensalmente com R$ 528 por estudante beneficiado", afirmou a universidade.

Já para quem não se enquadra nesses padrões, as refeições diárias custarão R$ 30. Se o aluno almoçar e jantar todos os dias na universidade, por semana, desembolsará a quantia de R$ 150 por semana, ou R$ 600 por mês, aproximadamente.