Jefferson Rosa Pasa entrou na faculdade em 2002 e se formou em 2007. Logo em seguida, começou a estudar a fundo o esoterismo e a sua aplicação na sua área profissional e assim o fez por 10 anos. "Foram 10 anos estudando isso tão a fundo, que desenvolvi uma arquitetura que trabalha através de muitas artes esotéricas. Quando comecei a estudar mais a fundo as pirâmides do Egito, descobri um mar de possibilidades na arquitetura que praticamente foi perdido com o tempo. Isso me fez desenvolver um estilo de trabalho que quase não se encontra nessa área", afirma.

E, apesar de ser popularmente conhecido pelo nome de "arquitetura quântica", Jefferson explica que não é bem assim. "Esse nome, 'arquitetura quântica', na verdade, é algo que, em si, não existe, mas muitos o utilizam pelo momento, já que está em alta a expressão 'quântica'. O nome correto seria Arquitetura Esotérica. Esse título vem sendo utilizado por um grupo específico de arquitetos em algumas cidades do mundo, e se dá pela somatória do conhecimento e aplicação de diversas ciências esotéricas na arquitetura. Também pode-se adicionar à somatória muitas ciências antigas, principalmente da época do antigo Egito".

O Egito é grande inspiração de Jefferson, tanto pela arquitetura, quanto pelo conhecimento (Foto: Arquivo pessoal)

Jefferson considera que os dados levados em conta na concepção do projeto arquitetônico deixa a habitação em harmonia com os habitantes. "A ideia da arquitetura esotérica é você utilizar todas as ciências do ramo para deixar a edificação em extrema harmonia com seus habitantes. Para isso, utilizamos por exemplo, a numerologia, para fazer os cálculos das medias; a astrologia, para fazer as orientações e conexões; e assim cada ciência vai sendo aplicada para harmonizar o complexo".

Pasa explica que atualmente atende mais a projetos arquitetônicos residenciais. "Trabalho mais com projetos residênciais, porém com clientes que buscam minha arte esotérica. Eles querem isso na residência deles, com equilíbrio energético, com numerologia aplicada aos ambientes, com astrologia, feng shui e muitas outras artes", detalha.

Além das residências, Jefferson também desenvolve projetos para templos. "Também faço alguns projetos de templos de meditação e comerciais com aplicação de arquétipos e simbologia".

Projeto residencial idealizado pelo arquiteto (Foto: Arquivo pessoal)

Outro ponto que ele acha importante salientar é que os projetos concebidos a partir da arquitetura esotérica não precisam ser "estranhos" ou diferentes, precisam, sim, "Não tem nada a ver essa parte de ter uma parte externa diferente. O mais importante é que todas as peças da casa estejam organizadas de acordo com o estudo da pessoa, é o planejamento da casa em si: dimensões, posicionamentos e outros detalhes. Não precisa ter uma fachada extremamente diferente." 

Para 2023

Para o ano que se inicia, Jefferson adianta que quer voltar mais a atenção para a atividade. "Esse ano quero me dedicar mais a esse trabalho. A procura por essa arquitetura está cada vez maior e as pessoas que vivem em ambientes projetados dessa forma, sentem muito a diferença."

Mas o arquiteto quer, também, "democratizar" aquilo que considera benéfico, levando a arquitetura esotérica mesmo para quem não teria condições de pagar por um projeto desses. "Também quero levar essa arquitetura para uma classe mais carente, fazendo um trabalho social para essas pessoas."

Ele conta que, antigamente, ele e dois amigos pedreiros volta e meia ajudavam pessoas carentes, construindo ou reformando algo para elas. Mas ele quer mais. "Hoje quero ir além. A ideia é aplicar essa arquitetura e trazer mais conforto e harmonia para essas famílias carentes, não só com a ampliação das casas, mas sim, com a utilização dessas ciências para ajudar na saúde mental e física delas", conclui.