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Campo-grandenses entram na onda do romance mobile

Amor High Tech

04 dezembro 2013 - 07h30Por Renan Gonzaga

Na semana que celebramos o Dia da Família, 8 de dezembro, também é a semana da ascensão de aplicativos como Lulu, Tinder, além dos já conhecidos WhatsApp e Facebook Messenger que facilitam os relacionamentos entre pessoas na era mobile. E você já parou para pensar como as redes sociais se tornaram peças fundamentais na hora de paquerar alguém mesmo aqui em Campo Grande?

A época de encontros no portão e serenatas à la Romeu e Julieta foi substituída pelo "mercado da carne", como os mais tradicionais denominam a facilidade para fazer sexo ou namorar através da rede. E a sua avó que contava histórias de quando esperava cartas de amor - décadas atrás - certamente ficará assustada ao saber que cutucadas e curtidas substituíram esse comportamento antiquado.

Quem nunca foi numa quinta-feira qualquer paquerar no 21, conheceu alguém interessante e ao chegar em casa `stalkeou` a pessoa em todas redes sociais possíveis? Facebook, Instagram, o nome do pretendente ou de um amigo em comum é o suficiente para saber tudo sobre a vida do investigado, até mesmo a próxima festa em que ela ou ele estará no final de semana.

 

E é mais ou menos assim que começa a história do casal Edimar e Mariana, que se conheceram em uma casa de shows da Capital. "O irmão dele chegou me abraçando, pedindo para tirar foto comigo para postar no Facebook. Porém, quem fotografou foi o Edmar, meu atual namorado".

Foi aí que as redes sociais entraram em ação. "O irmão dele apenas falou seu nome bem rápido e eu também falei o meu nome, e no dia seguinte ele havia me adicionado no Facebook", conta Mariana. "Em seguida, começamos a trocar mensagens pelo chat todos os dias. Na época ele trabalhava até meia noite e mesmo assim eu esperava para conversar."

 

Edimar, sempre vergonhoso, se expressava melhor pela internet. "Ele era muito tímido e quem roubou o primeiro beijo foi eu", revela a jovem. No dia 27 de dezembro o casal completa um ano e seis meses de namoro e há um mês estão dividindo o mesmo lar. "O fato de estarmos juntos significa que podemos acreditar sim em amor virtual", finaliza a jovem.

Quem não conhece um namoro conectado? A velocidade da informação e as peculiaridades do mundo online transformam os relacionamentos de hoje. Acompanhar a última hora em que seu amor entrou no WhatsApp ou até mesmo se incomodar pelo emoticon usado durante a conversa pode deixar explícita a fragilidade desse tipo de relação.

Porém, a convivência online mais intensa também aproxima casais, como é o caso dos namorados Rafael e Leandro. "Nos conhecemos apenas 12 dias antes da viagem que ele iria fazer para dar continuidade ao seu doutorado, e foi paixão à primeira vista", conta Rafael Barros que namora Leandro Barbosa há um ano e dois meses.

O casal se conheceu através do site Badoo e ficou três meses distante, conversando apenas pelo celular. "Foi amor a primeira vista, desde o momento em que eu o vi pessoalmente, sabia que era com ele que queria passar toda a minha vida", revela o namorado apaixonado que faz planos até de ter filhos no futuro.

Ciúmes x Redes Sociais


O ciúme é um sentimento comum nas relações, quer seja entre casais ou entre amigos, irmãos, pais e filhos. É gerado pelo medo de perder o amado e dependendo da intensidade, as redes sociais podem destruir uma relação. Então, veja aqui algumas dicas dos dois casais que tiveram sucesso em seus relacionamentos.

"Confesso que foi bem complicado eu confiar. Ele morava com um irmão e um colega, por isso a minha desconfiança era grande, mas procurei não expor muito o meu ciúme", admite Mariana, que devido os problemas nos relacionamentos anteriores, decidiu relevar algumas atitudes. "Procurei sair com os amigos dele, conhecer melhor suas amizades, e com as pessoas que ele se relacionava."

Já Rafael se diz fiel e afirma que nunca teve dúvidas quanto a fidelidade de seu parceiro. "Quando ele viajou e ficou três meses fora foi um pouco difícil segurar algumas ansiedades, porque como qualquer casal no começo de namoro, quer ficar grudado e a gente não teve isso", conta o estudante de psicologia de 21 anos.

Alguns anos atrás, encontrar um parceiro ou manter um relacionamento pela internet era considerado esquisito, mas hoje é tão normal quanto comprar verduras na quinta verde nos supermercados da cidade. Não tem como fugir, o amor 2.0 está aí e é uma realidade em Campo Grande. O lance é não deixar o sentimento ir embora tão rápido quanto a existência do MSN na rede mundial de computadores.