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26/05/2021 13:00

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Com 73 anos e doença autoimune, Hélio venceu covid em Campo Grande

A história de Hélio foi contada pela filha Kátia Holsbach Pereira Machado

O aposentado Hélio Pereira, 73 anos, é um caso de verdadeiro milagre, que venceu a covid-19, em Campo Grande. 

Portador de ‘Miastenia Gravis’, doença neuromuscular de origem autoimune, que na sua forma mais comum provoca graus variáveis de cansaço e fraqueza muscular, ele teve alta nesta quinta-feira (25), após meses internado. 

A miastenia atinge músculos e causa contração voluntária, tais como os dos braços, pernas, face, olhos e os músculos torácicos responsáveis pela respiração e, por isso, pode ser um fator de complicação para covid. 

A história de Hélio foi contada pela filha Kátia Holsbach Pereira Machado. 

“O meu pai tem doença autoimune, a miastenia, nem gripe ele pode pegar, duas vezes que ele pegou gripe evoluiu muito rápido para pneumonia, precisou ficar internado e depois foi melhorando”, relatou ao TopMídiaNews

Segundo Kátia, Hélio começou a ter sintomas de gripe em meados de março. “Como ele mora na chácara, minha mãe me ligou e disse que ele não estava bem, no dia seguinte me ligou novamente e fomos ao Hospital Militar”, relembra. 

Na ocasião, Hélio e a esposa realizaram o exame e testaram positivo. “Após o resultado, ambos foram medicados, o médico falou que a saturação dele estava boa, que ia encaminhar para casa e mandou voltar no hospital, caso houvesse alguma piora”.

No dia seguinte, Kátia relembra que o pai amanheceu com muita tosse e que eles voltaram para o hospital. 

“A saturação dele estava muito baixa, realizaram a tomografia, que constatou que o pulmão dele estava comprometido”. 

Foram passados antibióticos, que não surtiram efeito, e no dia 31 de março, Hélio precisou ser levado para UTI. 

“Antes dele ser levado para UTI, o médico me alertou que os pacientes que vão para ser entubado já estão em estado grave e que a situação dele era mais delicada por causa da doença autoimune. Ele me falou que no Brasil, três casos de pacientes com covid e com essa doença não resistiram”, conta Kátia. 

“Aquilo eu me desmanchei em choro e eu falei pro médico que ele ia ser diferente”, complementa. 

Após uma semana de intubação, a família foi avisada sobre a traqueostomia. 

“A médica falou que ia precisar pôr a traque e que eu, minha mãe e minha irmã tinham que autorizar.  Minha irmã fazia dois dias que tinha perdido o esposo, que não tinha comorbidade, vítima de covid. Aí elas falaram que o que eu decidisse, estava decidido”. 

Inicialmente, segundo Kátia, o pai ficou 11 dias na UTI e teve alta no dia 11 de abril. A partir de então, começou o processo de fisioterapia, já que o idoso estava sem conseguir andar e falar. 

“Minha família fez um grupo de oração online, desde o dia que meu pai foi para UTI a família se reunia e fazia oração por eles todos os dias, às 8 da noite. Temos família no Mato Grosso, em Rondônia e aqui em Campo Grande, todos unidos em oração pela recuperação do meu pai”. 

Junto com o processo de fisioterapia chegou à expectativa de alta, sendo interrompida por uma pneumonia no dia 14 de maio. 

“Entrou com antibiótico, teve que por oxigênio e sonda novamente”, revela Kátia, que conta que a até a data da alta, dia 25 de maio, a família seguiu firme e confiante. 

"Ele é nosso milagre, nosso guerreiro. Ele é o primeiro caso de Miastenia gravis com covid que sobreviveu no Brasil", finaliza orgulhosa.

 

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