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Com novo rim, adolescente de 15 anos já planeja volta aos estudos, trabalho e viagem

Matheus passou por transplante de rim e está ansioso pela volta à rotina

22 dezembro 2021 - 13h35Por Diana Christie

Com um problema no rim, o estudante Matheus Henrique de Freitas Soar, 15 anos, teve que parar de trabalhar, estudar e aproveitar pequenos prazeres da vida para se adaptar à rotina de diálise peritoneal. Foram quatro meses de sofrimento até que uma ligação mudou tudo.

“Esse ano, por conta do tratamento, eu deixei de fazer muitas coisas que eu gosto, como estudar, sair com a minha família, trabalhar e me divertir”, fala referindo-se ao projeto que tinha de iniciar como Menor Aprendiz.  

O telefonema chegou pela tarde, para a mãe Rosângela. Protetora, ela poupou o filho de fortes emoções até ter certeza do que ouvira e anunciou as boas novas no jantar, ao lado do pai Francisco: Matheus conseguiu um doador.

Para o adolescente, era a retomada dos sonhos interrompidos temporariamente, desde trabalhar e estudar até mesmo viajar e explorar novos lugares. “No começo, quando a minha mãe falou que tinha um rim para mim fiquei sem reação, mas depois eu fiquei muito feliz em saber que eu ia conseguir passar pelo transplante”. 

A notícia emocionou a família toda. “Foi uma surpresa muito agradável, muito gratificante chegar em casa e receber essa notícia, porque a gente acompanha o sofrimento dele e o sonho da gente é que isso acabasse o mais rápido possível”, falou o pai.

No dia seguinte à boa notícia, às 7h da manhã, Matheus e os pais já estavam na recepção de internação do Hospital Unimed Campo Grande, onde o transplante renal foi realizado.

À medida que as horas iam passando e se aproximando do procedimento, a ansiedade também aumentava. “Hoje eu estou um pouco ansioso, com um pouco de medo, mas muito feliz também”, limitou-se a dizer o adolescente. 

O pai do garoto, quem o acompanhou enquanto esteve internado, agradeceu a família do doador. “Só tenho a agradecer principalmente aos familiares que permitiram a doação desse rim para o meu filho mesmo nesse momento tão difícil para eles, que Deus abençoe eles todos. Nós estamos muito felizes porque agora é uma nova fase na vida do meu filho”. 

Segundo o cirurgião Guilherme Salati Stangarlin, o paciente se recupera muito bem e agora passará por um período de adaptação.

“Ele está evoluindo bem no pós-operatório, com o rim transplantado funcionando bem. Em breve o Matheus terá uma vida quase normal, com mais liberdade e qualidade. Os dois primeiros meses são mais críticos, um período de adaptação à nova realidade, com restrição ao esforço físico e cuidados com o local da cirurgia. Depois fará acompanhamento com consultas periódicas com a equipe de transplante renal da Unimed Campo Grande”.

Já em casa, Matheus se recupera da cirurgia e ansioso novamente, mas dessa vez para voltar a fazer tudo o que o tratamento o privou. “Primeiro eu quero voltar a estudar, arrumar um emprego e depois quero sair e viajar”, finaliza.