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04/09/2015 09:57

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Criadora do maior grupo de compras online organiza feira ‘física’

Criado há três anos e com 48 mil participantes, o grupo do Facebook “Comércio Delas” terá uma feirinha com as empresárias e vendedoras de todos os seguimentos anunciados na comunidade online. A idealizadora do projeto, Vivian Jorge, 24, conhecida como Vivi, acredita que a feira trará credibilidade as vendas e é a oportunidade das participantes se conhecerem pessoalmente os produtos ou serviços oferecidos.

Os homens que leem a matéria não vão entender muito bem, pois essas 48 mil pessoas do grupo são apenas mulheres. “Como o próprio nome já diz, o grupo é para que as mulheres se virem sozinhas, por isso prefiro banir os homens, meio feministas eu sou”, explica Vivi.

Tudo começou quando Vivi precisou vender algumas roupas que tinha em casa, para conseguir dinheiro e não ser mais dependente de pensão. “Eu fazia duas faculdades, uma de manhã e outra a noite. Meus pais estavam separados, eu precisando de dinheiro e tentando não ter mais a pensão. Fiz o grupo com as minhas amigas, já que queria vender algumas roupas usadas, e falei para elas irem colocando outras amigas. Em uma semana tinha mais de 500 pessoas participando”.

Ela diz que nunca mediu esforços para que suas vendas dessem certo. “Quando eu comecei, precisando muito de dinheiro, pegava o meu carro, enchia o porta-malas de coisas e ia vender em hospitais particulares, às duas horas da madrugada, porque era a troca de plantão das enfermeiras”.

(As experiências com vendas são lembradas com humor. Foto: Deivid Correia)

Agora, formada em ciências políticas, terminando o curso de direito e proprietária de uma loja de acessórios no bairro Santa Fé, Vivian deixou a comunidade para todas as empresárias que precisam “vender o peixe”. “Deixei o grupo para todas as pessoas e isso é gratificante. Recebo muitas lembrancinhas de meninas que se sentem agradecidas por participarem, que conseguiram uma virada econômica. Tem casos de mulheres que eram completamente dependentes do marido e com as vendas conseguem se virar sozinhas, sem qualquer lucro”, conta orgulhosa.

Vivi admite que algumas confusões surgiram, mas tudo acaba bem. “As vezes abro o meu Facebook e tem um monte de mensagens de meninas reclamando do valores de alguns produtos vendidos, mas eu não me envolvo. Eu não tenho participação nas vendas, só das minhas bolsas”.

A ideia da feira surgiu na tarde da última terça-feira (1º). “Eu sou evangélica e eu busquei muito de Deus uma ideia para alavancar as vendas, pois a crise está acontecendo e só vende bem quem tem criatividade. Anunciei a feira e em 24h já tem 28 mulheres que se ofereceram para prestar serviços e 200 pessoas já tinham confirmado presença no evento”.

    

(A divulgação será feita apenas no grupo. O preço dos produtos ficará a critério das comerciantes)

Segundo a empresária, vai funcionar assim: a vendedora interessada vai até a sua loja, paga uma taxa de R$ 50 e no próximo dia 12 monta a barraquinha. “Vai ser aqui na rua da loja, a taxa é para pagar as tendas e para a água saborizada que será distribuída o dia todo. Também vou tentar tornar o espaço mais confortável”, a única exigência é que sejam apenas duas pessoas de cada seguimento empresarial.

O 1º encontro do Comércio Delas será realizado na rua João Akamine, entre as avenidas Antônio Maria Coelho e a Mato Grosso, bairro Santa Fé, no próximo dia 12 (sábado), das 10h às 18h, com entrada franca. “Como tudo é vendido online, você não sabe a procedência ou o material. A feira trará credibilidades às vendas e aos produtos”, conclui Vivi. 

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