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19/04/2023 09:30

Com ameaças fakes, pais preferem não mandar filhos à escola nesta quinta em Campo Grande

20 de abril seria o 'Dia D' mencionado pelos extremistas em alusão a datas que consideram importantes

As últimas semanas foram marcadas por ameaça em cima de ameaça contra escolas em todo o país e, por mais que o governo tenha criado forças-tarefas para lidar com a situação, os pais ainda não se sentem seguros para mandar suas crianças à escola na próxima quinta-feira (20). 

A data tem simbolismo importante para os extremistas, as quais não vamos mencionar para não propagar ainda mais as ideias especificamente relacionadas a isso. Assim, o 20 de abril seria o "Dia D" para os supostos ataques.

Desta forma, perguntamos aos nossos leitores no Facebook se eles levariam ou permitiriam que seus filhos fossem às escolas nesta data, posto que muitos ainda estão bastante assustados com os acontecimentos recentes.

"Eu não vou mandar, pois não vou arriscar, se realmente é fake ou verdade" (sic), disse uma mãe. "Minha filha não está indo para a escola essa semana... resolvi escutar meu coração", disse outra mãezinha. 

"Eu já não mando a minha desde quarta passada. Essa semana também não vai, depois corremos atrás de matéria, prova, para mim a vida é o que importa", comentou mais uma mãe preocupada.

"Não irei mandar, pois quem ama nossos filhos somos nós, e não pagarei para ver o que irá acontecer na quinta. E que Deus cuide de todas nossas crianças, que isso acabe logo", pontuou uma jovem mãe.

Outros, entretanto, mostraram opiniões contrárias, apesar das ameaças.

"As minhas vão sim, a escola estará protegida pela graça de nosso senhor Jesus Cristo e sua mãe, nada, nem ninguém, pode ferir quem nele crê. Não amedronte seus filhos, faça-os fortes e resistentes", postou uma mãe sobre enviar suas crianças à aula.

Outra mulher, que não deixa claro se tem filhos em idade escolar comenta: "Acho que todos deveriam mandar sim, pois se nós dermos ouvidos a boatos isso nunca irá parar, pois sabemos que adolescente gosta de inventar [histórias] para não ir à escola. Vamos ficar atentos, mas não podemos exagerar... Minha opinião, se não concordar, ok."

Debate necessário

Ao passo que a maioria respondeu que não pretende levar os filhos à escola por sentirem medo do que pode acontecer, outros criticaram a simples pergunta.

Daí vale o questionamento: 'perguntar ofende?' E é lógico que a resposta é não, principalmente quando se trata de uma situação tão séria e relevante como essa.

É importante que se debata, sim, as ações que os pais estão tomando, a fim de se chegar a soluções eficazes contra possíveis ameaças.

É importante, também, que os pais tomem conhecimento dos fatos: assim como há inúmeros boatos sobre possíveis ataques, há ameaças reais e tem havido, ainda, crianças e adolescentes indo à aula com armas, inclusive de fogo.

"Varrer para baixo do tapete" tudo o que envolve essa situação não vai fazer com que as ameaças sejam neutralizadas. 

Censurar o debate sobre segurança nas escolas e ações possíveis para coibir atos de violência em ambiente escolar também não vai resolver a situação e cria, ainda, um clima de conivência, já que, uma vez que ninguém se manifesta sobre esses fatos, o perpetrador se sente à vontade para agir livremente, pois acredita que todos farão vista grossa.

Na contramão da informação

Houve, ainda, quem comentasse que a postagem feita pelo perfil do TopMídiaNews era "ilegal", pois estaria "Terminantemente proibido repercutir reportagens, textos, ou notícias ameaçadoras", mostrando um claro desconhecimento da principal função do jornalismo, que é informar e ignorando fatos recentes, como a apreensão de adolescentes armados em escolas. 

Não satisfeito, o mesmo homem incitou outros leitores a denunciarem a postagem sob a alegação - inverídica - de que a postagem incita à violência.

"Este post da empresa TopMídiaNews é ilegal, pois está terminantemente proibido repercutir reportagens, textos ou notícias ameaçadoras, ou outra forma de incitação à violência ou que espalhe pânico à população, nesta forma citada. Este post deve ser denunciado para que as autoridades tenham ciência e tomem as devidas precauções dentro da legalidade!" (sic).

O que o homem que postou o comentário não sabe é que isso é direcionado a fake news que são disseminadas em grupos de WhatsApp, em redes sociais e que resultaram em prisões de adultos, e apreensões de adolescentes que só tinham como objetivo "cabular" as aulas, inclusive em MS. 

Medidas e ações

Em MS, o governo está tomando medidas diversas, além de ações, para coibir a violência nas escolas e neutralizar ameaças de ataques nas instituições educacionais do estado.

Desta forma, a Ronda Escolar foi fortalecida, o sistema de monitoramento feito pelo Cosi (Centro de Operações de Segurança Integrado) foi ampliado e agora, além de prédios públicos, vai monitorar também os estudantes nas escolas e, ainda, botões do pânico poderão ser acionados por funcionários das escolas por meio de aplicativo, via smartphone.

Por fim, mas não menos importante, profissionais da educação estão sendo treinados pelo Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) para procedimentos imediatos em situações de crise e/ou perigo dentro dos estabelecimentos escolares.

E é importante salientar, mais uma vez, que se não fosse a informação detalhada e insistente da imprensa diante dos fatos violentos ocorridos em outros estados recentemente, chamando a atenção da sociedade para esse fenômeno negativo e altamente nocivo, não haveria o clamor público para que algo fosse feito em prol da segurança das crianças dentro das escolas.

Confira:

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