O Papa Emérito Bento XVI morreu neste sábado (31), às 5h34 (horário de Brasília), aos 95 anos, no Mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano, após uma brusca piora em seu quadro de saúde nos últimos dias. A vigília fúnebre está marcada para começar na segunda-feira (2) e o funeral, na próxima quinta-feira (5), na Basílica de São Pedro e na Praça de São Pedro, respectivamente, tendo o Papa Francisco como presidente. 

Apesar de viver tão distante, praticamente do outro lado do mundo, Dom Dimas Lara Barbosa, arcebispo de Campo Grande, chegou a conviver com o Papa Bento XVI. 

"Papa Bento XVI... eu trago dele muitas lembranças boas, bonitas, seja das vezes em que eu pude ser recebido em Roma, com a presidência da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), ou com a presidência do que é o Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho, seja por ocasião da solenidade na festa de São Pedro e São Paulo, na qual em 2011 eu recebi das suas mãos o Sacro Palio - que é um um acréscimo da vestimenta dos arcebispos - quando ele me nomeou para Campo Grande".

Dom Dimas conta que em outras ocasiões também se encontrou com o Papa Emérito.

"E também em 2007, quando aconteceu a quinta conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho em Aparecida, eu tinha acabado de ser eleito secretário geral da CNBB, então, nós fomos ao aeroporto de Guarulhos pra receber o Papa Bento, depois pude almoçar com ele no Mosteiro de São Bento, participar da missa de canonização do Frei Galvão, e depois acompanhar a abertura da quinta conferência lá em Aparecida, uma ocasião em que o seu discurso de abertura deu o tom à todas as reflexões nessa conferência. Nós ficamos reunidos na época, o Papa Bento deu abertura, depois ele foi para Roma", conta o Arcebispo. 

O sacerdote nos conta que quem ficou coordenando os trabalhos na ocasião foi o - então - cardeal Jorge Mario Bergoglio, hoje Papa Francisco. 

"São lembranças muito bonitas e lembro de tudo da sua acolhida, do seu sorriso e da sua inteligência, que era realmente brilhante. Até ontem eu diria: Bento XVI era o maior teólogo vivo. Hoje eu não sei quem é que vai ter condições de ocupar esse mesmo patamar. Então, que o nosso bom Deus o acolha entre os eleitos", finaliza.