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05/11/2013 06:00

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Ele se chama Antônio e seus guardanapos são o maior sucesso da internet

Arte

Um dia, os guardanapos serviram somente para limpar a boca. Depois, passaram a ter a função de anotar telefones, rabiscar ideias e mandar recados para a pessoa da mesa ao lado ou para pedir uma música ao cantor, no bar. Hoje o papel fininho está famoso pela internet graças à página “Eu me chamo Antônio”.

 

A página reúne imagens de frases de amor, escritas com caneta preta em pedaços de guardanapos. Em entrevista ao Top Mídia News o publicitário africano, criador da página, Pedro Antônio Gabriel Anhorn, contou um pouco sobre sua carreira. “Eu me inspiro nos meus amigos, nos meus amores, nas bulas de remédios, nas histórias em quadrinhos, nos versos de Mário Quintana, no silêncio de elevador que não tem fim... Enfim, em tudo o que vivo, vejo, ouço e leio. Por isso, sempre ando com uma caneta, um caderninho e anoto tudo, tudo, tudo o que aparece na cabeça. Sem censura”, explica.

 

A ideia para criar o “Eu me chamo Antônio” nasceu, de acordo com Antônio, de uma necessidade de exteriorizar todas as palavras confusas embaralhadas que há dentro dele. A página no Facebook já reúne mais de 357 mil fãs e este número não para de crescer em todas as redes sociais que ele participa. Perguntado sobre o sucesso repentino, Pedro Antônio acredita que a simplicidade é o fator principal para atrair cada vez mais seguidores “É um conteúdo autoral interessante, leve e fácil de ser lido e entendido. Todo mundo acaba se sentindo um pouco Antônio”.


Quando está apaixonado, se sente nas nuvens e nada parece ter maior importância, e, quando as coisas não saem como esperado, é capaz de enxergar nas decepções um aprendizado para seguir adiante. Do balcão do bar, onde Antônio se apoia para escrever e desenhar, ele vê tudo acontecer, observa os passantes, aceita conversas despretensiosas por aí e atrai olhares de curiosos.

 

De onde ele veio

Antônio nasceu em N’Djamena, capital do Chade, país africano.Filho de pai suíço e mãe brasileira, chegou ao Brasil aos 12 anos — e até os 13 não formulava uma frase completa em português. A partir da dificuldade na adaptação à língua portuguesa, que lhe exigiu muita observação tanto dos sons quanto da grafia das palavras, ele desenvolveu talento e sensibilidade raros para brincar com as letras. É formado em Publicidade e Propaganda pela ESPM-RJ.

 

O livro de Antônio

Antônio é um personagem de um romance que está sendo escrito. Ele é ficção viva e vai contar, em um livro de arte, por meio de guardanapos, uma história de amor, de desilusão e de recomeço que se passa em 1001 noites em mesas de bar. O projeto gráfico do livro será assinado por Mariana Newlands e a publicação pela Intrínseca está prevista para o início de novembro. “Acho que o guardanapo é meu palco. Ali posso brilhar em silêncio e silenciar o meu brilho, com a mesma facilidade. Felizmente a plateia tem aplaudido com muita delicadeza”, finaliza.

 

 

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