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24/10/2020 11:30

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Falecido há 20 anos, Paulo deixou legado de amor para filhos que continuam missão em sapataria

Sapataria especializada em confecção e consertos de botas artesanais foi fundada na década de 60

Falecido há 20 anos, o sapateiro Paulo Benites deixou um legado muito forte e memórias intensas para os quatro filhos, principalmente para Kellyo Benites e Ana Cleyce de Souza Benites, de 42 e 48 anos, respectivamente. 

Paulo fundou a sapataria especializada em confecção e consertos de botas no início da década de 1960. Atualmente, a loja da família fica na rua 13 de junho, no centro de Campo Grande, porém a família busca um novo endereço. 

Apesar da formação superior em tecnólogo em redes de computadores, Kellyo é sapateiro por ofício e garante sentir muito orgulho da profissão que o pai lhe ensinou. 
“Sou nascido no ofício, sempre gostei do trabalho em couro, a confecção, transformar a matéria-prima no produto final. Meu pai formou filhos, família tudo com o trabalho da sapataria. Antes era outra realidade na sociedade, o trabalho manual era mais valorizado, as pessoas eram mais comprometidas com a questão do trabalho, facilidade em produzir manualmente”, comenta. 

Desde novo, sempre que podia, Kellyo estava ali observando os passos do pai. “Sempre que podia estava junto com ele, a gente aprendia com curiosidade, nunca por imposição, por vontade mesmo. Em determinado momento fui buscar faculdade, mas sempre que tinha tempo estava ali trabalhando”. 

Kellyo começou a sentir falta do convívio com a família após a profissão de tecnólogo de redes de computadores tomar todo o seu tempo.  “Em determinado momento, trabalhar com computadores não me atendida mais em questão de horário, optei por voltar a sapataria para poder participar do crescimento das minhas filhas, meu pai sempre preservou muito a convivência com a família, almoçava em casa todos os dias com os quatro filhos sentados na mesa, isso foi um fator que determinou na conduta da minha família”, esclarece. 

Ana garante que sente orgulho de ver o irmão seguir os passos do pai. Em alguns momentos, ela chegou a atuar na sapataria, porém acabou seguindo outro caminho. 
Ela trabalha como escriturária na Santa Casa da Capital, mas lembra com carinho os momentos que passou na sapataria ao lado do pai. 

“Eu chegava e falava pro meu pai: tô com sono, ele ia arrumava uma cama com os couros perto dele trabalhando. Lembro de os clientes chegarem bravos às vezes, ele vinha com paciência e acalmava os clientes. Era muito legal, meu pai era uma pessoa pra cima, alegre, querido demais por todos”. 

A família, claro, pretende seguir com o legado de Paulo por muitos anos. O trabalho pode ser conferido no Instagram: 

Falecido há 20 anos, o sapateiro Paulo Benites deixou um legado muito forte e memórias intensas para os quatro filhos, principalmente para Kellyo Benites e Ana Cleyce de Souza Benites, de 42 e 48 anos, respectivamente. 
Paulo fundou a sapataria especializada em confecção e consertos de botas no início da década de 1960. Atualmente, a loja da família fica na rua 13 de junho, no centro de Campo Grande, porém a família busca um novo endereço. 
Apesar da formação superior em tecnólogo em redes de computadores, Kellyo é sapateiro por ofício e garante sentir muito orgulho da profissão que o pai lhe ensinou. 
“Sou nascido no ofício, sempre gostei do trabalho em couro, a confecção, transformar a matéria prima no produto final. Meu pai formou filhos, família tudo com o trabalho da sapataria. Antes era outra realidade na sociedade, o trabalho manual era mais valorizado, as pessoas eram mais comprometidas com a questão do trabalho, facilidade em produzir manualmente”, comenta. 
Desde novo, sempre que podia, Kellyo estava ali observando os passos do pai. “Sempre que podia estava junto com ele, a gente aprendia com curiosidade, nunca por imposição, por vontade mesmo. Em determinado momento fui buscar faculdade, mas sempre que tinha tempo estava ali trabalhando”. 
Kellyo começou a sentir falta do convívio com a família após a profissão de tecnólogo de redes de computadores tomar todo o seu tempo. 
“Em determinado momento, trabalhar com computadores não me atendida mais em questão de horário, optei por voltar a sapataria para poder participar do crescimento da minhas filhas, meu pai sempre preservou muito a convivência com a família, almoçava em casa todos os dias com os quatro filhos sentados na mesa, isso foi um fator que determinou na conduta da minha família”, esclarece. 
Ana garante que sente orgulho de ver o irmão seguir os passos do pai. Em alguns momentos, ela chegou a atuar na sapataria, porém acabou seguindo outro caminho. 
Ela trabalha como escriturária na Santa Casa da Capital, mas lembra com carinho os momentos que passou na sapataria ao lado do pai. 
“Eu chegava e falava pro meu pai: tô com sono, ele ia arrumava uma cama com os couros perto dele trabalhando. Lembro de os clientes chegarem bravos às vezes, ele vinha com paciência e acalmava os clientes. Era muito legal, meu pai era uma pessoa pra cima, alegre, querido demais por todos”. 
A família, claro, pretende seguir com o legado de Paulo por muitos anos. O trabalho pode ser conferido no Instagram: 
@sapatariacruzeiro

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