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10/10/2013 10:00

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Mídia destaca o transtorno do Autismo

Autismo

Há exatos 70 anos, surgia na Áustria o primeiro escrito sobre o autismo, sendo que, atualmente diversas são as referências. O assunto está na novela das nove, ‘Amor à Vida’. Bruna Linzmeyer interpreta Linda que apresenta nível grave de autismo e pouca autonomia. Recentemente foi abordado em um quadro do Fantástico e é tema de livro lançado na Bienal do Rio esse ano. Para especialistas, a exposição ajuda no tratamento e na superação do preconceito.

Gabriel Felipe, fisicamente era um menino normal foi com essa errônea percepção que Regina Silva, mãe de primeira viagem, há onze anos se deparou com a notícia que mudaria sua vida. “Quando ele tinha um ano e meio fomos percebendo que ele não falava nada como as outras crianças da mesma idade e além disso ele também tinha movimentos estereotipados, balançava muito as mãos e não fixava o olhar em ninguém desde bebê”.

Diagnóstico
Os passeios no parquinho de diversão eram a hora que os pais de Gabriel observavam que havia algo de diferente e que precisava ser descoberto. A pediatra quando questionada sobre a ausência da fala na criança dizia que era normal, pois há casos de atraso na fala. Nada satisfeita com as respostas a mãe resolveu procurar uma neuropediatra.“Cheguei com meu filho na consulta e enquanto ele brincava com alguns brinquedos, a ela me deu um papel que continha muitas características do Gabriel e daqui a pouco ela me perguntou se eu sabia o que era autismo, disse que não e ela finalmente diagnosticou ‘Teu filho é autista’. Na hora levei um susto, fiquei em choque por não ter a mínima noção do que era aquilo, mas ao mesmo tempo fiquei feliz por saber qual era o problema dele”.


Após receber o diagnóstico do Gabriel, ela saiu do consultório na desesperada vontade de saber e entender o que se tratava aquilo que até então era um mistério: o Autismo. Foi onde iniciou as grandes pesquisas sobre o assunto. A profissional sugeriu tratamentos como ecoterapia e fonoaudiologia e pra desânimo da mãe finalizou dizendo que ele não seria independente eque não conseguiria nem sequer comer sozinho. Mas, ela não se conformou e decidiu fazer de tudo para que houvesse qualquer desenvolvimento na vida de Gabriel. A primeira decisão foi colocá-lo em uma escola com ensino voltado para alunos sem deficiência.

“A adaptação foi conturbada, os colegas de sala e professores não sabiam lidar com o Gabriel. Foi quando a psicóloga da escola e mãe de um garoto da sala do meu filho me disse que eu deveria procurar uma escola pra crianças especiais. Eu não queria aquilo, pois na minha visão seria melhor pro Gabriel Felipe conviver com crianças sem qualquer tipo de problema e agir como eles”.

A escolha da escola certa
Depois do episódio com a escola que não soube lidar com as características de um garoto autista, Regina por indicação de uma cliente foi visitar o Desafio Centro Educacional que tinha alunos com diversos tipos de deficiência e muitas outras crianças consideradas normais para a medicina. “Gostei muito daquele ambiente, eles receberam muito bem o meu filho e foi ali que ele cresceu e se desenvolveu muito e está lá até hoje”.

A escola foi extremamente importante pra o garoto que aprendeu tudo o que a neuropediatra disse que ele seria incapaz. “Foi perceptível o desenvolvimento do Gabriel, queríamos que ele aprendesse a ler o essencial para sobreviver e escrever pelo menos seu nome, e hoje ele sabe ler escrever tudo. Sonhei tão pouco e agora tenho tudo isso. Com ele a gente aprende a pensar no amanhã e cada dia é um novo progresso”, ressalta Regina.

Com o Gabriel Felipe é possível perceber a importância de se aproximar de casos como esse e tentar entender com outros olhos a personalidade de pessoas que tenham o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), o autismo, pois elas interagem com o mundo de uma forma distinta, com habilidades diferentes. São pessoas puras, que têm muito a ensinar à humanidade e o cuidado, carinho, o fato de se importar e de estar junto a eles pode fazer toda a diferença. 

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