sábado, 12 de julho de 2025

Busca

sábado, 12 de julho de 2025

Link WhatsApp

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp Top Mídia News
Algo mais

26/04/2023 14:46

Modelo indígena de MS leva ancestralidade para as passarelas da Bienal de São Paulo

Dandara Queiroz rebateu julgamentos e falou sobre ter sido extremamente colonizada

Uma semana depois do Dia dos Povos Indígenas, a modelo sul-mato-grossense, natural de Três Lagoas, Dandara Queiroz, desfilou na Bienal de Arte de São Paulo e reafirmou a necessidade de se naturalizar a ancestralidade indígena em uma postagem feita na noite dessa terça-feira (25), no Instagram. 

"Aproveito o possível engajamento que essa foto terá, pra falar com naturalidade sobre a minha não objeção em tapar os seios. Muito pelo contrário, isso pra mim é orgulho! Me traz de volta à minha origem."

A modelo comenta ter acompanhado comentários com julgamentos enquanto aguardava sua vez de desfilar e aborda o apagamento de sua cultura e a malícia que, muitas vezes, está no olhar, e não na cena. 

"Na fila do desfile, enquanto não chegava a minha vez, assisti pela live no @charthoficial e li alguns comentários julgando a marca por isso. É muito triste ver o apagamento da nossa cultura. A gente que frequenta aldeia e convive com mulheres admiráveis, vê que realmente a maldade está nos olhos de quem vê."

Com o passar do tempo, Dandara se dissociou dos costumes indígenas, mas luta pelo resgate deles em sua vida'Maldade está nos olhos de quem vê', segundo Dandara (Foto: Reprodução Instagram)

Dandara também comenta sobre o fato de ter se dissociado dos costumes indígenas. "A liberdade de não usar blusa deixou de ser confortável pra mim, por exemplo, que fui extremamente colonizada, demorei para agir naturalmente lá com eles, não por conta de assédio, mas por esse medo de julgamento enraizado."

Dandara também discorre sobre a essência e a resistência, apensar da obscenidade que permeia opiniões de quem desconhece a cultura indígena.

"Eu como profissional no mundo da moda, agradeço pelas oportunidades de ser uma referência nisso. Fico feliz por conseguir representar minhas mulheres, que tanto me ensinam. Levar um pouco da essência delas, aos poucos, resistindo a situações como essas. Não me importando pelos compartilhamentos das visões obscenas."

Ao final, ela agradece por poder representar mulheres indígenas e se diz orgulhosa de sua ancestralidade. "Eu sinto muito orgulho das minhas ancestrais, e também gratidão pelo espaço que tô criando aqui. Que a próxima geração colha frutos disso."

Siga o TopMídiaNews no , e e fique por dentro do que acontece em Mato Grosso do Sul.
Loading

Carregando Comentários...

Veja também

Ver Mais notícias