Campo Grande recebe, de quinta (13) a domingo (16), a segunda etapa da quinta edição da Cerrado Abierto – Mostra de Danças Contemporâneas. Reunindo artistas do Brasil, da Argentina e do Uruguai, o evento consolida seu papel na cena sul-mato-grossense ao propor discussões sobre corpo, identidade, gênero e modos de existência a partir da linguagem da dança. A mostra conta com investimento do programa Iberescena, por meio da Funarte, Ministério da Cultura e Governo Federal.
Reconhecida como uma das principais plataformas de difusão da dança contemporânea em Mato Grosso do Sul, a edição deste ano busca ampliar fronteiras — estéticas e temáticas — ao aproximar trabalhos que exploram questões de sexualidade, pertencimento e transformação social. A programação combina espetáculos, videodanças, oficinas, rodas de conversa, exposição e a Ecoball, marcada para o encerramento.
A abertura acontece na quinta-feira (13), às 19h, no Sesc Teatro Prosa, com o solo Talvez Seja Isso, da sul-mato-grossense Jackeline Mourão. O trabalho propõe uma investigação sobre presença, dúvida e sensibilidade do corpo em cena. Na sequência, a uruguaia Eugenia Chirimini apresenta KRUMPFORismo, solo que explora a repetição como gesto político e poético, atravessando temas ligados à ancestralidade, gênero e resistência. As apresentações dos dois primeiros dias no Sesc exigem reserva pelo Sympla.
Na sexta-feira (14), às 19h, o espaço recebe a Mostra de Videodanças, com curadoria de Luísa Machala (MG) e Ralfer Campagna (MS). As obras selecionadas dialogam com audiovisual, território e dissidências de gênero. Logo após, o coletivo House of Hands Up MS estreia Peça Única, que traz referências das ballrooms e do vogue para discutir construção de imagem, beleza e organização comunitária. O grupo é pioneiro na cena vogue do estado.
No sábado (15), a programação se espalha pela cidade. Às 15h, a Hámor Livraria recebe a roda de conversa Os encantamentos, esse nosso modo de existir: coletivos queers e a construção de horizontes, com participantes de diferentes coletivos e acessibilidade em Libras. No mesmo horário, o Centro Cultural José Octávio Guizzo abre a exposição Errar.Efeito, de Gabriela Mancine e Luan Figueiró, além de nova sessão da Mostra de Videodanças. À noite, às 19h, o argentino Iván Haidar apresenta No Estoy Solo, no Teatro Aracy Balabanian, obra que reflete sobre presença, memória e relações afetivas a partir do corpo.
O domingo (16) segue com programação no Centro Cultural José Octávio Guizzo, incluindo exposição e videodanças. Às 16h, Ariane Nogueira (MS) apresenta Código Genético, no Teatro Aracy Balabanian. O espetáculo parte de referências afrofuturistas para discutir tranças como tecnologia ancestral e memória viva. O encerramento será às 17h, com a Ecoball conduzida pela Hands Up (MS) e performance de Félix Pimenta (SP), além da participação dos alunos da oficina de Vogue Old Way.
A classificação indicativa e detalhes de cada atividade estão disponíveis no site e nas redes sociais da mostra.
Serviço
Cerrado Abierto – Mostra de Danças Contemporâneas
Etapa: 13 a 16 de novembro
Programação completa: cerradoabierto.com.br
Contato: (67) 98115-6071
Instagram: @aradocultural










