Segundo informações da Polícia Militar, cerca de 11 mil pessoas acompanharam o desfile das escolas de samba do grupo especial de Campo Grande. O evento aconteceu na noite desta terça-feira, dia 4 de março, na avenida Alfredo Scaff, próximo da Praça do Papa.
Marcado para começar às 19h, o desfile atrasou e só teve início às 21h. As escolas que desfilaram durante a noite foram Igrejinha, Unidos do Aero Rancho, Os Catedráticos do Samba, Unidos do Cruzeiro, Deixa Falar e a campeã do ano passado, Unidos da Vila Carvalho.
Os critérios de julgamento, conforme a Liga das Entidades Carnavalescas (Lienca), foram dez: Bateria, samba, comissão de frente, evolução, fantasia, samba-enredo, harmonia, alegorias e adereços, mestre-sala e porta-bandeira e conjunto.
(Foto: Geovanni Gomes)
No total, 30 jurados acompanharam o desfile na avenida. Eles vão escolher duas escolas para cair para o grupo de acesso em 2015, hoje às 17h na Praça do Rádio Clube, no Centro de Campo Grande. O melhor samba-enredo ganhara um prêmio de mil reais. Confira os detalhes dos desfiles:
Igrejinha – O primeira escola da samba da noite homenageou o carnavalesco Valdir Gomes, que foi presidente da Igrejinha por dez anos. O grupo desfilou com 13 alas e quatro carros alegóricos, que contaram a história do artista, fazendo o maior desfile da noite. Segundo a organização, a maioria das fantasias foram confeccionadas no Rio de Janeiro e os investimentos passaram de R$ 100 mil.
Unidos do Aero Rancho – Talvez a segunda escola a entrar na passarela tenha sido mais prejudicada da noite por conta de uma falha técnica no som. Durante o desfile, o samba-enredo foi interrompido três vezes, sendo que na última o som parou por aproximadamente 30 minutos. “A plateia ajudou batendo palmas, todo mundo se comoveu”, disse a diarista Marinele Souza, que assistia da arquibancada.
(Foto: Geovanni Gomes)
O grupo desfilou com o samba-enredo “Do barro e da tela para a passarela, o Aero Racho vive o sonho do artista na avenida”, contando história do artista plástico natural de Culturama, distrito de Fátima do Sul, Levi Batista. Ele, que mora em Campo Grande desde 1971, é um dos maiores nomes da arte no Estado.
Os Catedráticos do Samba – Com o samba-enredo “Catedráticos fazem uma viagem ao mundo dos contos e fábulas da literatura infantil”, a terceira escola a passar pela avenida no segundo e último dia de desfile foi a Catedráticos. O grupo fez alusão a tudo que envolve o “Era uma vez...”.
Na passarela, personagens como a Cinderela, Alice no País das Maravilhas, Pinóquio, Soldadinho de Chumbo e Chapeuzinho Vermelho animaram quem assistia ao "show" na avenida Alfredo Scaff. O que chamou atenção foram as transsexuais que esbanjaram simpatia e caíram nas graças do público.
(Foto: Geovanni Gomes)
Unidos do Cruzeiro – Com o mesmo tema de 2003, só que em uma versão reeditada, a quarta escola do grupo especial desfilou com o samba-enredo “Da mitologia grega à passarela do samba. Os deuses gregos no Carnaval brasileiro”, contando a história das divindades da Grécia Antiga.
Personagens como Atena, Dionísio, Zeus, Poseidon, Apolo, Afrodite, Hades e o “pai dos deuses”, Zeus, animaram o público no desfile que foi aberto por "seres metade homem e metade bode" fazendo danças sensuais.
Deixa Falar – A penúltima escola a entrar na passarela escolheu o tema “Aquarela pantaneira, uma viagem a céu aberto” como samba-enredo, que falou sobre o pantal sul-mato-grossense. O destaque foram as fantasias de índios guaicurus e kádiweus e peões boiadeiros que fizeram parte do desfile.
(Foto: Geovanni Gomes)
Unidos da Vila Carvalho – Já a campeã de 2013, e também última escola do desfile, como sempre, se destacou pela qualidade das fantasias. O enredo escolhido para este ano foi “Óh minha madrinha Mangueira, sou verde e rosa de corpo, alma e coração – Carvalho e Mangueira, uma só nação”.
A Unidos da Vila Carvalho, trouxe as cores verde rosa, da Estação Primeira de Mangueira, tradicional escola de samba do Rio de Janeiro, através de nove alas e quatro carros alegóricos. Para entrar no clima da cidade maravilhosa, as fantasias dos dançarinos e do abre alas lembravam os trajes dos que trabalhavam em bares antigos do Rio.