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09/03/2014 06:00

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Professores usam o cinema e a tecnologia como aliados para falar sobre diferenças

Inventar com a Diferença

Acaba de chegar em Campo Grande o projeto “Inventar com a Diferença”, que tem objetivo de formar e acompanhar professores em escolas de todo o Brasil, para trabalhar o cinema e os direitos humanos na sala de aula, de forma que integre o conteúdo audiovisual com a realidade de cada aluno.


Nem todo professor que vai participar precisa ter necessariamente experiência com vídeo e áudio, apenas vontade de aprender e estar dando aula no ensino fundamental e médio da rede pública de ensino. O projeto está em sua segunda etapa, destinada a oficinais práticas de capacitação.


A professora da Escola Municipal Elpidio Reis, Michelly Dominiq, acredita que toda instituição precisa se adequar e trazer inovação para alcançar os alunos. “Hoje em dia há uma tentativa de mudança de pensamento porque a gente está aprendendo ainda a lidar com as tecnologias e usar na sala de aula para tornar o aprendizado mais significativo”, diz.


Segundo ela, os alunos estão imersos em no universo midiático, de vídeos e sons, e se conectando a esse aluno, a educação terá grandes resultados. “Esse projeto vem nos instrumentalizar também, discutindo sobre os direitos humanos e o cinema”, completa Michelly.


Para Michelly, a tecnologia pode ser uma aliada na sala de aula. (Foto: Renan Gonzaga)


Já para Carin Louro, que é atriz, palhaça, produtora cultural e também professora na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul no curso de Artes Cênicas e Dança, os direitos humanos precisam ser debatidos, refletidos e expostos nas escolas, e o auxílio das tecnologias pode ser um aliado.

 

“Hoje a gente vê inúmeras histórias de adolescentes que se matam, ou do pai lá do Rio de Janeiro que matou o filho porque era afeminado e gostava de lavar louça. São várias questões relacionadas a minoria da sociedade que precisam ser discutidas na escola”, afirma Carin.


O projeto acontece em alguns municípios de todos os estados do Brasil, e a coordenadora da região centro-oeste e Tocantins, Joelma Paes, é responsável por organizar o trabalho dos mediadores, reunir as informações e sintetizar para a equipe principal, de fica em Niterói.

 

“Eu tenho acredito muito na escola como um local determinante para o futuro da sociedade brasileira. É lá que as coisas precisam mudar para que a gente tenha uma sociedade mais autônoma e com uma visão de mundo diferenciada”, comenta a produtora audiovisual.


Carin é atriz, palhaça e professora. (Foto: Renan Gonzaga)


Joelma explica que a ideia é que o aluno possa ter voz por meio do conteúdo audiovisual, usando a câmera do celular e o YouTube, por exemplo. A intenção é trabalhar com a identidade desse jovem, em seu território. “A gente desenvolveu uma metodologia, que tem alguns exercícios, como por exemplo, fotografar um idoso do bairro.”


Segundo ela, existe todo um estudo de como tornar esse material acessível, até mesmo para os próprios professores que dão aulas de matérias diferentes. O kit que as escolas recebem é básico, para que qualquer mestre possa usar. O intuito é fazer o professor do curso falar de diretos humanos como tema, usando o audiovisual como ferramenta.

 

“A tecnologia hoje já não é mais um empecilho para ninguém fazer seu próprio vídeo, menos ainda para os jovens. Em muitos lugares a gente tem depoimentos de que os alunos estão ajudando os professores, o que também pode ser um dos objetivos específicos do projeito, que é integrar esse professor na realidade do aluno”, finaliza.

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