O projeto 'Trilha Rupestre: Inovações e Tecnologias Sociais na Bioeconomia Local', financiado pela Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul), foi indicado ao selo de certificação da Unesco.
A iniciativa, executada pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) com o apoio da Cátedra Unesco, se destacou por seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e o trabalho comunitário.
A proposta cria uma rota educacional que conecta os municípios de Mato Grosso do Sul com sítios arqueológicos que possuem pinturas rupestres.
Por meio da valorização da cultura local, vestígios arqueológicos e geopaleontológicos, o projeto visa estimular a geração de renda e fortalecer a bioeconomia nas regiões envolvidas.
O projeto é um dos principais candidatos ao selo do programa Unesco-Most Bridges, uma rede científica transdisciplinar que busca resolver problemas sociais com foco nas áreas de humanidades e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
De acordo com Luiz Oosterbeek, presidente do Conselho Internacional de Filosofia e Ciências Humanas da Unesco, o diferencial do projeto é o seu envolvimento com a comunidade, criando uma transformação social respeitosa e unida.
O projeto, que foi aprovado na Chamada Especial Fundect/UFMS N° 29/2021, conta com um investimento de R$ 500 mil e visa fortalecer a cultura e a base socioeconômica de 15 municípios de Mato Grosso do Sul: Alcinópolis, Bandeirantes, Campo Grande, Chapadão do Sul, Corguinho, Costa Rica, Coxim, Figueirão, Jaraguari, Paraíso das Águas, Pedro Gomes, Rio Negro, Rio Verde, Rochedo, São Gabriel do Oeste e Sonora.
Essas localidades foram escolhidas devido à alta concentração de sítios arqueológicos, com mais de 740 registrados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Esses locais servirão de base para a criação da trilha rupestre, com potencial para gerar atividades econômicas sustentáveis.
O projeto abrange seis eixos temáticos: Alimento, Arqueológico, Arquitetura, Arte-Cerâmico, Botânico, Geopaleontológico, Químico-Farmacêutico e Turismo.
O objetivo é criar produtos comercializáveis nessas áreas para alavancar a economia regional e promover o desenvolvimento sustentável da região.