Por conta do crescimento descontrolado que vem acontecendo nas cidades nos últimos tempos, a opção mais apropriada para quem procura conforto e segurança acaba sendo os apartamentos. E quem ama os animais e deseja criar um cachorro, precisa se adaptar aos espaços cada vez menores, além de ter alguns cuidados especiais.
Para manter um cãozinho feliz em locais pequenos, é necessário levar em conta algumas atitudes e regas como a saúde e o bem estar dos pequenos, além da escolha da raça que se adapte melhor ao apartamento. Os animais de pequeno porte são os que conseguem viver melhor nesses ambientes.
Segundo a médica veterinária Flora Scardini, as raças mais populares para viver em espaços menores são Shih-Tzu, Maltês, Spitz Alemão, Poodle, Schnauzer, Pug, Chihuahua, Yorkshire, West Highland White Terrier, Pinscher e Lhasa Apso.
“É necessário sempre manter o controle de ectoparasitas, como carrapatos que é o mais comum. Deixar a vacinação em dia e fazer visitas regulares ao médico veterinário.”
Ela explica também que os donos dos pets devem sempre reservar um tempinho para passear com o cão, fazendo que eles gastem energia para manter a saúde. Outra alternativa é ficar atento as particularidades de cada espécie, já que algumas raças podem se tornar depressivas por passar períodos sozinhas em espaço fechado.
(Foto: Reprodução/Internet)
Uma medida para contornar esta situação é analisar o temperamento do animal escolhido. “Tem algumas raças de cães que são mais difíceis de se adaptarem em apartamento, podendo causar transtornos como latidos indesejados. É importante também sempre interagir com o animal com brinquedos e bastante atenção e carinho”, recomenda.
A POLÊMICA DA CORDOTOMIA
Um dos problemas causados por manter animais em apartamento é o barulho que eles fazem com os latidos e miados excessivos. A alternativa encontrada para acabar com as noites de insônia dos donos dos bichos e das vizinhas são as cirurgias para desligar as cordas vocais de cães e gatos, chamadas de cordotomia.
A operação é simples e dura 15 minutos. Quem decide pela intervenção é o dono do animal, e como resultado o bicho passa a emitir latidos ou miados sussurrados. As sociedades de proteção de animais já se posicionaram contra e alguns veterinários também. “Ela gera polêmica, pois é considerada mutilação, não sendo assim indicada”, comenta a médica.
“Apesar de gerar incomodo para algumas pessoas, o latido é uma das formas que o cão tem de se comunicar.”
Muitas raças podem se tornar depressivas por passar longos períodos sozinhas. (Foto: Reprodução/Internet)
Para Flora, existem outras maneiras que funcionam como alternativa à intervenção, como o adestramento. “Há outros métodos não invasivos para solucionar o problema de animais com latidos excessivos, como adestramento e mudanças de como o proprietário interage com seu animal de estimação”, finaliza.