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1º de Maio: merendeira faz da escola uma extensão da família e vira xodó de alunos em Campo Grande

Profissional atua há 11 anos e diz que segredo é tratar bem a todos e cozinhar como se fosse para os filhos

01 maio 2019 - 18h10Por Thiago de Souza

A merendeira Edilma Fanaia da Silva, 61 anos, virou um verdadeiro xodó dos alunos da Escola Estadual Arlindo de Andrade Gomes, no Lar do Trabalhador, em Campo Grande. Ela diz que o segredo de tanto carinho dos estudantes é tratá-los bem e preparar a comida como se fosse para a própria família.

Silva atua há 11 anos no preparo da merenda dos estudantes e diz que chegou à escola, que fica na Julio de Castilhos, para substituir outra profissional que saiu de licença médica.

''Gosto de um bom tempero. Faço como se fosse para a minha família. Eles dizem que a comida é deliciosa'', revela Edilma.

Mas o segredo da profissional, que entra às 16h e sai às 22h, não está somente na comida, mas também no trato com os estudantes, quase todos adolescentes e jovens.

''Gosto de brincar com eles. São educados, carinhosos. Recebo bombons e até flores eu já ganhei'', celebra a merendeira. E acrescenta: ''é meu isso, esse jeito de tratar as pessoas. Não são só os alunos, é com todo mundo'', observa.

O bem querer é recíproco entre trabalhadora e alunos, tanto que a amizade não ficou só no local de trabalho, diz Edilma.

''Já participei de várias formaturas. Eu fui a única merendeira que participou do baile de formatura, do jantar deles... Eles gostam de mim''. Edilma faz parte de um grupo de cerca de 16 pessoas, que se reúnem, às vezes na casa de um ou de outro, conforme o espaço. ''Vai o secretário da escola, vai o diretor participar. É gostoso essa confraternização'', comemora a merendeira.   

Edilma diz que a família dela também celebra o fato dela receber tanto carinho no local de trabalho, algo que nem sempre acontece com os trabalhadores no Brasil.

''Eu converso com minha família, eles ficam contentes e dizem: 'a gente fica feliz porque a senhora é feliz por tratar os outros desse jeito''', conta Edilma.

Dia do Trabalhador

Sobre o dia dela e de milhões de brasileiros, Edilma diz que deveria ser um momento alegre para todos.

''Na verdade não é, tem muito desempregado, a situação é crítica. É muito triste isso. Queria que fosse um dia merecido para todos, que estivessem reunidos com suas famílias'', diz.